Cigarros anuais por habitantes:
Ano / Cigarros
1950 / 702
1960 / 741
1970 / 841
1980 / 997
1990 / 1962
2000 / 916
2010 / 844
Questão: De acordo com as informações fornecidas faça uma estimativa justificando o consumo anual por habitantes em 2030.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A prevalência de tabagismo é o resultado da iniciação (novos usuários de tabaco) e da interrupção do consumo (por cessação do tabagismo ou morte). A identificação dos fatores determinantes da iniciação e da cessação do tabagismo é, portanto, fundamental para o planejamento de ações específicas para o controle do tabaco.
Estratégias para vigilância e monitoramento do consumo de produtos de tabaco são ações relevantes para o controle do tabaco, previstas pelo artigo 20 (Pesquisa, Vigilância e Monitoramento de Informação) da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controle do Tabaco. Isso inclui a coleta regular de dados sobre a magnitude, padrões, determinantes e consequências do consumo de produtos de tabaco e da exposição passiva aos resíduos resultantes de seu consumo.
Esses dados subsidiam o desenvolvimento de políticas para o controle do tabagismo na população em geral, sobretudo para os grupos com maior vulnerabilidade.
Desde 1997 o INCA é Centro Colaborador da OMS para o Controle do Tabaco e realiza estudos populacionais cujos resultados contribuem para monitorar as tendências do consumo de produtos de tabaco no Brasil assim como conhecimento, crenças e atitudes da população frente às diferentes medidas da Política Nacional de Controle do Tabaco.
A partir de 2003, o Ministério da Saúde através de sua Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) passou a estruturar um Sistema Nacional de Vigilância específico para as doenças não transmissíveis e seus fatores de risco, dentre eles o tabagismo. No mesmo ano, o INCA em parceria com a SVS desenvolveu o Inquérito Domiciliar Sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis em 15 capitais brasileiras e Distrito Federal, e em 2008 participou ativamente da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (Petab), coordenada pelo Ministério da Saúde e IBGE – quando o Brasil aderiu ao Global Adult Tobacco Survey (Gats) proposto pela OMS e Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
A partir de 2013 questões centrais do Gats passaram a compor definitivamente o corpo de questões da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Essa iniciativa rendeu ao Brasil em 2014 a premiação “Prêmio Bloomberg para o Controle Global do Tabaco" da Bloomberg Philanthropies. A premiação é um reconhecimento ao papel desempenhado pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no monitoramento epidemiológico do uso do tabaco e na implantação de políticas públicas para enfrentar o desafio da luta contra o tabagismo.
Os dados detalhados dos principais inquéritos podem ser acessados diretamente nas publicações, cujos links estarão disponíveis nas respectivas referências a seguir.
TABAGISMO ENTRE ADULTOS
Tabagismo na população acima de 18 anos no Brasil entre 1989 e 2013
Tabela com números da população tabagista acima de 18 anos no Brasil.
O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas últimas décadas em função das inúmeras ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco. Em 1989, 34,8% da população acima de 18 anos era fumante, de acordo com a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN). Uma queda expressiva nesses números foi observada no ano de 2003, quando na Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) o percentual observado foi de 22,4 %. No ano de 2008 segundo a Pesquisa Especial sobre Tabagismo (Petab) este percentual era de 18,5 %.
Os dados mais recentes do ano de 2013, a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontam o percentual total de adultos fumantes em 14,7 %.
Considerando o período de 1989 a 2010, a queda do percentual de fumantes no Brasil foi de 46%, como consequência das Políticas de Controle do Tabagismo implementadas, estimando-se que um total de cerca de 420.000 mortes foram evitadas neste período (PLOS Medicine, 2012). O quadro comparativo abaixo (PLOS Medicine, 2012) correlaciona a queda de prevalência de fumantes homens e mulheres (18 anos ou mais) com as ações de controle do tabaco.
Queda da prevalência de fumantes adultos e as Ações de Controle do Tabagismo