Cidades Educadoras no Brasil A Escola Cidadã, por Paulo Freire... É aquela que se assume como um centro de direitos e um centro de deveres, onde a formação que se dá dentro do espaço e do tempo que caracterizam uma formação para a cidadania. É a escola que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem vem a ela não pode ser uma escola em si e para si, ela é cidadã na medida mesma também em que ela briga pela cidadania, pelo exercício e pela fabricação da cidadania de quem usa seu espaço. A escola cidadã é uma escola coerente com a liberdade, é coerente com seu discurso formador e libertador. E é toda a escola que, buscando por ser ela mesma, luta para que educandos e educadores também sejam eles mesmos. E como ninguém pode ser só, a escola cidadã é uma escola de comunidade, de companheirismo. É uma escola de produção comum do saber e da liberdade. Mas é uma escola que não pode ser jamais licenciosa, nem jamais autoritária. É uma escola que vive a experiência tensa da democracia. Em outras palavras, implica a experiência tensa, contraditória e permanente entre autoridade e liberdade. Fala de Paulo Freire sobre a Escola Cidadã, 1997. trecho do vídeo sobre a Escola Cidadã, editado pelo Instituto Paulo Freire. “A educação ocorre não somente nos limites da escola, mas em todos os cantos da comunidade. O bairro passa, portanto, a ser visto como um grande laboratório de experiências educativas. E a escola, por sua vez, passa a ser o elemento mobilizador, a partir do qual se cria uma rede cidadã pronta a trocar conhecimentos e valores; a ensinar e, ao mesmo tempo, aprender.” A criação do programa federal Mais Educação, em 2007, responsável por implementar a educação integral em 60 mil escolas públicas brasileiras, a partir da extensão da jornada escolar e da ampliação qualificada das oportunidades de aprendizagem, também trouxe para o território para o centro do debate sobre a formação de crianças e adolescentes no Brasil. Compõe esse cenário o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê que 50% das escolas brasileiras terão educação integral até 2024. Sua aprovação, em 2014, tem ampliado a demanda por novos arranjos educativos nos municípios e estados, exigindo medidas que reconfigurem a relação entre escolas e territórios. Se atingida, a meta do PNE – que estabelece ainda que o Brasil deverá garantir 25% das matrículas da rede pública de ensino em educação integral nos próximos dez anos – pode pautar profundas mudanças na maneira como a sociedade brasileira concebe a educação. Tendência que também pode ser observada na conformação do Bairro-escola Rio Vermelho, em Salvador (BA); na proposta que articula educação e saúde, concebida em Sorocaba (SP); em programas organizados em torno de uma proposta pedagógica e intergeracional, na cidade de Santos (SP); na vocação de Cidade que Educa, assumida pelo município de Coronel Fabriciano (MG); entre outros. No Brasil, a ideia de uma Cidade Educadora está em permanente diálogo com o trabalho de diversos autores, entre eles, Anísio Teixeira (Escolas-Parque), Mário de Andrade (Parques Infantis), Paulo Freire (Educação Cidadã), Milton Santos (Território), Moacir Gadotti (Escola Cidadã) e Ladislau Dowbor (Educação e Desenvolvimento Local), para citar alguns. Direito à Cidade Educadora Soma-se a esses exemplos, o surgimento de diferentes movimentos sociais de ocupação e ressignificação do espaço público nas principais metrópoles do país. De norte a sul, emergem grupos que se organizam de forma colaborativa, utilizando as novas tecnologias, para requalificar ruas, praças, calçadas, parques, escadarias, pautando e exercendo o direito à cidade como um direito inalienável no século 21. Respondendo ao desafios globais contemporâneos, as Cidades Educadoras buscam o desenvolvimento econômico em consonância com o desenvolvimento sustentável e a justiça social, enfrentando os problemas urbanos de forma sistêmica, transparente e horizontal. Sintonizados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos entre os 193 países que compõem as Nações Unidas, incluindo o Brasil, os municípios assumem a tarefa de reduzir a pobreza, assegurando os direitos fundamentais de seus habitantes e a preservação do meio ambiente. Acessível em http://cidadeseducadoras.org.br A partir da leitura do texto acima, responda o que é cidadania na perspectiva da escola cidadã e o que é educar para a cidadania numa Cidade Educadora.
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Olá!
A cidadania pode ser observada a partir do momento em que o indivíduo possui todos os direitos civis, políticos e sociais dos cidadãos que já nasceram naquele local.
Além disso, é importante destacar que a cidadania se dá a partir da democracia de um país, onde o indivíduo possui direitos e deveres e deve segui-los, além de ter participação na escolha política, por isso exercer a cidadania plena, parte da conquista dos direitos de cada sociedade.
Por isso, a cidadania educadora parte do pressuposto que a escolarização é incluir, transformar e preparar para o ambiente social, dentro e fora do espaço escolar.
Até mais!
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