Chanlat (1999) mostra a real necessidade de se pensar à questão ética no interior das Empresas. Ele infere que o conceito de ética das responsabilidades em Weber diz que a ética deve levar os indivíduos a refletirem e racionalizarem sobre as consequências de sua ação em relação ao outro. Assim, considere a seguinte situação: No desempenho de suas atividades, determinado profissional reuniu uma série de informações pessoais dos usuários que atendia em uma unidade de saúde mental da rede pública. O profissional decidiu, então, realizar uma pesquisa. Para isso, recorreu, não só às anotações de que dispunha, mas, com acesso facilitado aos usuários, também deu continuidade à coleta de informações complementando o que entendia como necessário a seu estudo. Os usuários não foram informados de que estavam participando dessa investigação social realizada pelo profissional que os atendia, muito menos de que as informações prestadas durante atendimentos estavam sendo utilizadas para finalidade distinta daquela do acompanhamento e tratamento. Quando perguntado por superiores sobre esse assunto, o profissional explicou que os usuários não precisavam ser informados da pesquisa, nem consultados sobre o desejo de participar ou não da mesma, porque as informações que deles obtivera eram as mesmas prestadas no curso do tratamento; agora, apenas estava utilizando-as para mais outra finalidade. Acerca da conduta do profissional, é correto dizer que:
a - essa conduta só representará prejuízo se os usuários tomarem conhecimento de que suas informações foram utilizadas sem sua prévia autorização, portanto, cabe ao profissional manter sigilo sobre sua conduta. Em pesquisas com indivíduos com quem o pesquisador mantenha uma relação próxima ou hierárquica, convém que eles não sejam informados de que estão participando da investigação, a fim de que os resultados não fiquem comprometidos.
b- o pesquisador não sabia sobre postura ética, portanto, justifica sua conduta com tranquilidade e por isso, ele está correto em sua ação.
c- ele está cometendo uma falta ética: antes de iniciar a pesquisa, ele teria obrigação de comunicar aos usuários e solicitar-lhes a anuência. Essa postura do pesquisador traduz abuso de poder, revela-se invasiva e com risco de produzir ruptura da relação de confiança, indispensável em seu trato com o usuário.
d- nessa conduta, não se registra falha alguma, ainda que o pesquisador tenha se utilizado de informações resultantes de sua relação terapeuta-paciente, portanto, que lhe foram acessadas com finalidade distinta da que, agora, o profissional estava atribuindo-lhes. Igualmente, em relação à coleta de novas informações, o pesquisador irá necessitar de autorização apenas dos usuários que abandonaram ou concluíram o tratamento.
e- não se registra falta ética, porque não houve violação da privacidade do usuário, uma vez que o pesquisador já dispunha das informações de que necessitava para sua investigação social. Mas, em relação à coleta de novas informações, como a pesquisa está em curso, é necessário solicitar anuência dos usuários, pois o pesquisador não detém as informações, ainda vai obtê-las, portanto não mantém domínio sobre seu uso.
luuaceziimbra:
c- ele está cometendo uma falta ética: antes de iniciar a pesquisa, ele teria obrigação de comunicar aos usuários e solicitar-lhes a anuência. Essa postura do pesquisador traduz abuso de poder, revela-se invasiva e com risco de produzir ruptura da relação de confiança, indispensável em seu trato com o usuário.
c- ele está cometendo uma falta ética: antes de iniciar a pesquisa, ele teria obrigação de comunicar aos usuários e solicitar-lhes a anuência. Essa postura do pesquisador traduz abuso de poder, revela-se invasiva e com risco de produzir ruptura da relação de confiança, indispensável em seu trato com o usuário.
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c- ele está cometendo uma falta ética: antes de iniciar a pesquisa, ele teria obrigação de comunicar aos usuários e solicitar-lhes a anuência. Essa postura do pesquisador traduz abuso de poder, revela-se invasiva e com risco de produzir ruptura da relação de confiança, indispensável em seu trato com o usuário.
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