Cesgranrio – Leia os versos abaixo e responda:
1 – Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos”.
2 – “Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço”.
1. A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
a) prosopopéia – aliteração.
b) metáfora – gradação.
c) hipérbole – antítese.
d) aliteração – personificação.
e) metonímia – assíndeto.
2. Leia o poema abaixo e reescreva os versos em que há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos - uma personificação.
MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Agora, reescreva os versos em que há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos - uma personificação.
3. Leia o trecho do livro “A Hora da estrela” de Clarice Lispector e indique em que frase há uma metáfora:
Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.
4. Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas
Retiro do poema os versos que um verso que há uma aliteração e outro verso que há uma personificação.
5. Leia o fragmento do texto de Mário Quintana e indique em que frase há uma Metáfora:
“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan
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Resposta:
1-a) prosopopéia
2-são lágrimas de Portugal.
3-que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falha.
4-aliteração: pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar
Personificação: à noite se cuida de frio
5-e, se esta nossa "civilização" não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala.
Espero ter ajudado ☺️
1) 1 - Prosopopéia - atribuir características humanas a seres abstratos ou irracionais. A Pátria, neste exemplo, está personificada como uma mulher. Recebeu olhos, é ninada, colocada para dormir e é acariciada nos cabelos.
A Prosopopéia pode ser chamada de Personificação, e é a figura de linguagem que costuma dar características humanas a animais ou coisas. É muito utilizada nas fábulas, em que animais e brinquedos têm vida.
Bons exemplos são as fábulas do Soldadinho de Chumbo e da Lebre e do Coelho.
2 - Aliteração - repetição de sons parecidos ou idênticos no início de várias palavras, em uma mesma frase ou em um mesmo verso. A repetição em questão é da palavra eu.
Letra A.
2) Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
O sal encontrado no mar é associado às lágrimas do País, como se ele fosse um ser humano que chora.
Mais uma vez é utilizada a personificação, dando a característica humana do choro ao mar, fazendo uma relação das lágrimas com as águas do mar por conta do gosto salgado que ambas possuem.
A poesia costuma carregar esta figura de linguagem, por ser um gênero textual em que o autor solta a sua imaginação, fazendo de coisas e pessoas o que lhe vier a mente. Para o autor do trecho acima, o mar pode chorar, expressar os seus sentimentos pelos navegadores que entram em alto mar, sobrevivem com êxito ou morrem nas águas.
3) "... que a tristeza era uma alegria falhada." Trecho com a metáfora, que simboliza uma comparação implícita.
A metáfora é uma comparação que não fica explícita, mora nas entrelinhas do texto, sendo uma figura de linguagem muito utilizada por poetas e por autores de diversos gêneros textuais que permitam a utilização da conotação no sentido do que escrevem.
A tristeza, no texto, era como uma alegria falhada, para o autor. Como pode observar, a palavra "como" não aparece no trecho, porque fica subentendida, e já dar a ideia da comparação, sem precisar da sua presença no texto.
As metáforas também são utilizadas diversas vezes em expressões populares. A expressão "casa da mãe Joana", por exemplo, é muito utilizada como metáfora: "Isso aqui virou a casa da mãe Joana?" é um dos ditos populares mais utilizados para comparar um lugar com locais desorganizados.
4) Verso com aliteração: "O vento vem vindo de longe"
Verso com personificação: "A noite se curva de frio"
Aliteração - repetição de sons parecidos ou idênticos no início de várias palavras, em uma mesma frase ou em um mesmo verso. As repetições em questão são de palavras que começam com a letra "v": vento, vem, vindo.
A Prosopopéia pode ser chamada de Personificação, e é a figura de linguagem que costuma dar características humanas a animais ou coisas. Também é utilizada para dar vida a elementos da astronomia ou a partes de um dia, como no exemplo, a noite.
A noite ganha a característica humana de se curvar, como um ser humano se encolhe quando está com muito frio.
5) Frase com a Metáfora: "ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan"
A metáfora é uma comparação que não fica explícita, mora nas entrelinhas do texto, sendo uma figura de linguagem muito utilizada por poetas e por autores de diversos gêneros textuais que permitam a utilização da conotação no sentido do que escrevem.
No texto, deixa de ser necessário falar e pensar, para o autor, pela alienação das pessoas, apenas apreciando e escutando um mesmo gênero musical. Como pode observar, a palavra "como" não aparece no trecho, porque fica muito implícito, dizendo que ficarão apenas no batuque, como algo que só ouve batidas "Tan! Tan! Tan! Tan! Tan!"
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