Certo homem que morava na cidade sentiu vontade de sentir o cheiro do mato. Logo que chegou ao interior, onde vivia seu compadre “Bastião”, foi encontrá-lo na roça.
Depois de muitas conversas resolveu brincar de antônimo com o compadre Bastião:
— Compadre sabe o que é antônimo?
— “Num” sei não.
— É o oposto, vou dar uns exemplos. O antônimo de alto é baixo, de grande é pequeno, de frio é quente. Entendeu?
— Agora eu já sei “cumpade”! E vou lhe “progunta”, “ocê” sabe o antônimo de fumo?
— Mas... fumo não tem antônimo, fumo é o que você planta.
— É não sô... o contrário de FUMO é “VORTEMO”.
— É, se é assim então voltemos para casa.
Ao refletir sobre o diálogo na piada, podemos deduzir que:
O falar caipira não deve ser usado, pois é uma forma errada de comunicação.
O falar do homem da cidade indica uma linguagem de prestígio social.
Deve-se sempre menosprezar o falar das cidades do interior.
O falar caipira é considerado uma forma de prestígio social.
Não há uma linguagem certa ou errada para se comunicar; e sim variações linguísticas regionais
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Ao refletir sobre o diálogo na piada, podemos deduzir que:
Não há uma linguagem certa ou errada para se comunicar; e sim variações linguísticas regionais.
Note que o homem que mora na cidade não repreende o seu compadre por ele usar uma variedade linguística diferente da norma padrão.
Quando o homem da roça utiliza os vocábulos "fumo" e "vortemo", em vez de "fomos" e "voltamos", o homem da cidade não o corrige e ainda faz uma brincadeira: "É, se é assim então voltemos para casa."
Isso mostra que, quando se trata de linguagem, não há certo e errado. Há apenas diferenças, causadas por questões regionais, sociais, econômicas e culturais.
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