Cerradas as cortinas do Fórum Social Mundial, algumas evidências saltaram do
palco armado em Belém para o desfile de líderes de movimentos que supostamente
buscam alternativas sociais e econômicas às políticas arquitetadas em Davos. A
mais cristalina foi a disparidade de reivindicações de um encontro convocado para
discutir os agravos ao meio ambiente da Amazônia. Num clima em que cada
movimento representado no encontro procurou puxar para sua agenda o mote das
discussões, abordou-se de tudo - da liberação da maconha à defesa do sexo livre,
numa pauta que atendia a todo o leque ideológico reunido no Pará. No entanto, o
tema central do encontro - o desmatamento de uma região que perde um Rio de
Janeiro por mês de floresta – foi o que menos parece ter mobilizado os
participantes. Não sem motivo: o tópico há de ter criado embaraços para um dos
organizadores e uma das estrelas de maior grandeza do Fórum, o Movimento dos
Trabalhadores Rurais sem Terra, que faz vista grossa para a preocupante e
indefensável realidade de que cerca de 30% da área desmatada da Amazônia é
ocupada por assentamentos alinhados com a política de ocupação defendida pelo
MST. Certamente por isso, o MST preferiu alinhar-se com a banda de música
bolivariana nas invariáveis canções de protesto contra o inimigo comum do FSM - o
“neoliberalismo” reunido em Davos. Com o palco franqueado, os bolivarianos
Hugo Chávez e Evo Morales aproveitaram os microfones para lançar suas
invariáveis diatribes contra o demônio capitalista. Nada de novo no front, como se
viu. De novo mesmo, só a constatação de que o MST já não demonstra o viço que
parecia esbanjar há alguns anos. Sem propostas concretas para problemas fundiários
que não passem por ações radicais, o grupo saiu do encontro ressoando palavras de
ordem vazias, que cabem em palanques, mas não se encaixam numa realidade mais
complexa do que a ultrapassada dicotomia capitalismo X socialismo.
(O Globo, 8/02/2009)
Sobre o problema do desmatamento, explorado nesse texto, um poeta francês,
Jacques Prévert, dizia: “Tantas florestas arrancadas à terra / e trucidadas / acabadas
/ rotativizadas / Tantas florestas sacrificadas para a pasta de papel de bilhões de
jornais chamando anualmente a atenção dos leitores sobre os perigos do
desmatamento dos bosques e das florestas”.
A estrutura significativa do texto se baseia num tipo de linguagem figurada
denominado:
a) sinestesia. b) pleonasmo. c) paradoxo. d) antítese. e) metonímia.
Soluções para a tarefa
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Oii bb,
D) Antítese
Por que?
Antítese é uma figura de linguagem que consiste na exposição de ideias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos e, a estrutura o texto é de forma oposta ;)
Respondido por
2
Resposta:
a resposta certa é a D antítese
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