CEPBJ) O internetês na escola O internetês — expressão grafolinguística criada na internet pelos adolescentes na última década — foi, durante algum tempo, um bicho de sete cabeças para gramáticos e estudiosos da língua. Eles temiam que as abreviações fonéticas (“casa” virando ksa, “aqui” virando aki) comprometessem o uso da norma culta do português para além das fronteiras cibernéticas. Mas, ao que tudo indica, o temido internetês não passa de um simpático bichinho de uma cabecinha só. Ainda que a maioria dos professores e educadores se preocupe com ele, a ocorrência do internetês nas provas escolares, vestibulares e em concursos públicos é insignificante. Essa forma de expressão parece ainda estar restrita a seu hábitat natural. Aliás, aí está a questão: saber separar bem a hora em que podemos escrever de qq jto da hora em que não podemos escrever de qualquer jeito. Mas, e para um adolescente que fica várias horas “teclando” que nem louco nos instant messengers e chats da vida, é fácil virar a “chavinha” no cérebro do internetês para o português culto? “Essa dificuldade será proporcional ao contato que o adolescente tiver com textos na forma culta, como jornais ou obras literárias. Dependendo desse contato, ele terá mais facilidade para abrir mão do internetês” — explica Eduardo de Almeida Navarro, professor livre-docente de língua tupi e literatura colonial da USP. RAMPAZZO, F. Disponível em: . Acesso em: 01/03/2012. (Adaptado) O último período do texto é iniciado pelo verbo depender. Se o seguisse uma oração substantiva, ela seria objetiva indireta e, portanto, iniciada pela preposição de: O juiz depende de que os outros quatro colegas do colegiado sigam a mesma linha. Assim, assinale a opção que traz um trecho de notícia em que a preposição no início da oração substantiva foi usada de maneira correta. Escolha uma: a. Os advogados logo concluíram de que o melhor seria não prestar depoimento este ano. b. A única certeza é de que a convocação da Constituinte vai intensificar o conflito interno. c. A quadrilha tem um esquema para evitar de que suas mercadorias sejam encontradas. d. O investidor precisa se conscientizar de que plano de previdência é coisa séria. e. O Ministério da Educação confirmou de que houve vazamento da prova.
Soluções para a tarefa
Olá!
Para que exista uma preposição no início de uma oração substantiva, é necessário que o verbo seja transitivo indireto, porque nesse caso essa oração funcionaria como objeto indireto da oração principal.
Uma dica: para saber se um verbo é transitivo indireto, use a seguinte frase: “Quem ___, ___ + prep + algo”. Por exemplo, o verbo lembrar: Quem LEMBRA, LEMBRA DE algo”.
Partindo
dessa explicação, vamos analisar as alternativas:
Quem conclui, conclui alguma coisa. O verbo concluir é assim um verbo transitivo direto e não necessita da preposição DE.
A frase correta: os advogados logo concluíram que o melhor seria não prestar depoimento este ano
b. A única certeza é de que a convocação da Constituinte vai intensificar o conflito interno.
O verbo É é um verbo de ligação. Nesse caso, a oração é subordinada substantiva predicativa e exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Quem é, é alguma coisa, não necessitando da preposição DE.
c. A quadrilha tem um esquema para evitar de que suas mercadorias sejam encontradas.
Quem evita, evita alguma coisa. O verbo evitar é assim um verbo transitivo direto e não necessita da preposição DE.
A frase correta: A quadrilha tem um esquema para evitar que suas mercadorias sejam encontradas.
Quem se conscientiza, se conscientiza DE algo. O verbo conscientizar é assim um verbo transitivo indireto e necessita da preposição DE.
Quem confirma, confirma alguma coisa. O verbo confirmar é assim um verbo transitivo direto e não necessita da preposição DE.
A frase correta: O Ministério da Educação confirmou que houve vazamento da prova.
Portanto,
alternativa correta é a letra D.
Espero ter ajudado! Bons estudos!