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Educação anarquista
A educação anarquista é fundamentalmente uma educação para a liberdade. Na perspectiva anarquista, a liberdade tem um significado diferente daquele fixado em nossa moral pelas revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII. Para pensadores iluministas como Locke e Rousseau, o ser humano é naturalmente livre, e abdica de parte dessa liberdade para viver em sociedade. Para anarquistas como Proudhon e Bakunin, apenas em sociedade o indivíduo encontra sua liberdade, que só se constrói na relação com o outro. A liberdade de uma pessoa não termina onde começa a de outra, mas as duas nascem juntas.
Com base nessa perspectiva, podemos estudar as escolas anarquistas:
"As chamadas escolas anarquistas, e especialmente os centros de cultura e as universidades livres, não possuíam vários destes atributos, ou seja, não mantinham frequência obrigatória, não tinham programas ou atividades fixas que devessem ser repetidas nas mesmas doses para todos os seus alunos, dispunham de pessoas com autoridade meramente funcional e provisória para desenvolver aulas, não se preocupavam em definir níveis de adiantamento e enquadrar os alunos dentro deles, e muito menos separavam aprovados que merecessem certificação dos não aceitos." (Pey, p. 9)
Trata-se, portanto, de uma escola com organização não hierarquizante, onde o espaço é construído e mantido de forma coletiva, com o incentivo à autoformação. Os alunos são protegidos de uma lógica competitiva e dominadora, sendo colocados no papel de construtores, junto a seus mestres, de sua própria formação.
Essa forma de educação pretende "desnaturalizar a lei, seja ela religiosa, moral, jurídica, parlamentar ou científica" (Pey, p. 11), provocar a reflexão, a indagação. O incentivo à dúvida vem acompanhado pela promoção de conhecimento. (...)
A busca pela autonomia pessoal em sincronia com a responsabilidade e o respeito pelo coletivo é o primeiro passo para a construção de espaços de liberdade, para a formação de subjetividades livres e tranquilas e para, vivendo outras lógicas, reinventar e inventar a vida.
Centro Acadêmico Professor Paulo Freire
Disponível em: . Acesso em: 23/03/2012.
Com relação ao anarquismo, são feitas as seguintes afirmações:
I. A educação anarquista pretende desenvolver a autarquia e a autonomia das crianças por meio da desvinculação da repressão e da coerção no processo de aprendizagem infantil.
II. Anarquia tem origem na palavra grega “anarchia” e significa “sem governo”. Portanto, podemos concluir que o anarquismo consiste em um movimento político desorganizado que desestrutura o sistema educacional.
III. O anarquismo propõe que a participação política autêntica não consista simplesmente no ato de votar. Para os anarquistas, o voto significa isenção de responsabilidades por parte da população, uma vez que, quando votam, as pessoas repassam preocupações e interesses políticos aos governantes.
IV. O anarquismo pode ser entendido como resistência em relação às estruturas político-partidárias que se estabelecem no mundo hodierno.
É correto o que se afirma apenas em
Escolha uma:
a. I, III e IV.
b. I.
c. II e III.
d. II.
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Letra A está correta, pois no inciso I, temos a explicação do que é proposto no processo educacional com a liberdade que o anarquismo traz como busca. No inciso III temos a descrição de quais são - ao ver deles - as responsabilidades dos cidadãos. E no IV temos uma dedução do que seria um paradigma adverso que pode ser visto como anarquismo.
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