Português, perguntado por bentoribeirorios, 1 ano atrás

(CEP-BJ)

E se ninguém morresse?

Viver para sempre não é um sonho assim tão distante. Já tem muito cientista ambicionando a imortalidade – e com resultados significativos. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas da Espanha injetaram uma enzima em ratos que, ao melhorar a eficácia da divisão celular, aumentou em 50% a expectativa de vida das cobaias. Outros investigam as células-tronco e têm esperança de que elas ajudarão na renovação eterna das células. Mas não importa por qual caminho vier: assim que o remédio da imortalidade estiver desenvolvido, ele será privilégio de gente milionária.

Já existe remédio que custa R$ 1 milhão ao ano (como o que trata uma síndrome rara, em que o sistema imunológico destrói os glóbulos vermelhos do doente durante a noite), e talvez uma pílula da vida eterna não saísse por menos dinheiro. Ainda assim, uma parte dos 9 milhões de milionários do mundo toparia comprar o medicamento. E, daqui a 20 anos, quando a patente do remédio expirasse, o genérico da pílula da imortalidade ficaria acessível a todos. Isso quer dizer que, em poucas décadas, mais da metade das pessoas que morrem todos os anos de doenças cardíacas ou câncer – males que serão evitados com o remédio da imortalidade – deixariam de bater as botas. São 32 milhões de pessoas ao ano que continuarão vivinhas – e a superpovoar o planeta. Com tanta gente, dificilmente escaparíamos do controle de natalidade, da legalização do aborto, da crise ambiental e da escassez de alimentos.

Mas nem tudo seria desgraça. Em um planeta de imortais, à beira de um colapso ecológico, é possível que as soluções ambientais surgissem mais rapidamente. Afinal, quando a ameaça de destruição deixar de ser um problema só para as gerações futuras, todos vão ter de se mexer. Ninguém vai querer estar vivo quando o mundo acabar, certo?

Superinteressante, 06/2010.



As palavras de uma língua, durante sua formação, geralmente seguem regras bastante recorrentes. Para fins de economia linguística, por exemplo, os processos são altamente produtivos. Analise as afirmações e assinale a correta sobre a formação das palavras em destaque no texto.

Escolha uma:
a. O processo mais produtivo na Língua Portuguesa para formarem-se advérbios é a derivação com o sufixo [-mente] a partir de adjetivos, como acontece em dificilmente e rapidamente.
b. As palavras sonho, controle e aborto foram formadas a partir dos verbos sonhar, controlar e abortar, respectivamente, por meio de um processo conhecido como derivação imprópria, que muda a classe gramatical das palavras.
c. Imortalidade e desenvolvido foram formadas simultaneamente por prefixação e sufixação – um processo que se chama parassíntese, por meio do qual a palavra só existe se estiverem presentes, ao mesmo tempo, o sufixo e o prefixo.
d. Pesquisadores, milionária e legalização apresentam sufixos que carregam o sentido agentivo, ou seja, que expressam a entidade que faz a ação contida no radical.
e. Em superpovoar, desgraça e imortais, formaram-se, por prefixação, palavras derivadas de radicais que compartilham a mesma classe gramatical

Soluções para a tarefa

Respondido por CSMatias
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Resposta:

a) O processo mais produtivo na Língua Portuguesa para formarem-se advérbios é a derivação com o sufixo [-mente] a partir de adjetivos, como acontece em dificilmente e rapidamente.

Explicação:

Respondido por raffasiilveira
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Palavras derivadas

O texto "E se ninguém morresse?" publicado pela revista Superinteressante em junho de 2010, realiza a afirmativa de que o processo mais produtivo na Língua Portuguesa para formarem-se advérbios é a derivação com o sufixo [-mente] a partir de adjetivos, como acontece em dificilmente e rapidamente, assim como está sendo afirmado pela alternativa A.

Essa derivação utilizava como base palavras concretas que servem como o radical da nova palavra, local de onde são oriundos os seus respectivos significados.

Saiba mais sobre palavras derivadas em:

https://brainly.com.br/tarefa/33622466

Anexos:
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