censo de desempregados de 2020 e 2021 em São Paulo
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Resposta:
Vale lembrar que a periodicidade da pesquisa é de 10 em 10 anos, mas o que deveria ter ocorrido em 2020 já foi uma vez adiado para este ano por conta da pandemia e, consequentemente, às ações restritivas à circulação de pessoas e de garantia à proteção da população. Contudo, mesmo havendo 11 anos desde o último Censo, e apesar da defasagem dos dados, os mesmos ainda são referência para estudos nacionais.
Em outras palavras, a discrepância entre os dados do último recenseamento com a realidade vista hoje no território aumenta a cada dia. E este cenário não é diferente no âmbito estadual e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Neste sentido, em 2020, a Casa Fluminense através do Mapa da Desigualdade, cita uma série de desafios encontrados no trabalho de levantamento e disponibilização de indicadores que retratam os abismos sociais vividos na metrópole do Rio de Janeiro, sendo os principais e mais recorrentes: a escassez e a desatualização dos dados.
Ainda na publicação foi defendida a necessidade da produção de dados de forma regular, periódica e confiável, assim como foi feito o alerta sobre o risco de apagão estatístico devido a série de cortes de orçamento e ao adiamento do Censo – ameaçando a transparência de dados, indispensáveis para a luta por justiça econômica, racial, de gênero e socioambiental.
Apesar do cenário de atraso, surgiram novos esforços para adiar o Censo Demográfico por mais um ano, o que dá margem para que se intensifique o apagão estatístico. Além disso, é válido destacar que o próximo ano também será marcado pelas eleições, o que poderia influenciar no receio por parte do governo federal em realizar a pesquisa e ter que apresentar dados que possam prejudicar uma eventual reeleição. Afinal, se não há dados, não existem problemas, pelo menos em teoria.
Já em março deste ano, o Congresso Nacional protagonizou mais um ataque direto ao Censo Demográfico através de um corte de R$ 2 bilhões, valor que o IBGE já considerava insuficiente, para R$ 71 milhões – o que, na prática, inviabilizaria a realização da pesquisa em 2021, forçando a mais um adiamento. Entretanto, após sanção presidencial ao orçamento, o valor foi reduzido ainda mais, chegando a apenas R$ 53 milhões, o que representa 1,5% dos R$ 3,4 bilhões pedidos inicialmente pelo IBGE.
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