Português, perguntado por 0001091996362SP, 3 meses atrás


Categoria: 3ª SERIE - EM

Autor: mauromarcel-sp

3º Bim - Língua Portuguesa - Antropofagia e muito mais (3ª série)

Relacionar a produção poética à herança cultural acumulada pela língua portuguesa e os processos de continuidade e ruptura.

ObrigatóriaNota:

10

(ENEM 2012) Sambinha Vêm duas costureirinhas pela rua das Palmeiras. Afobadas braços dados depressinha Bonitas, Senhor! que até dão vontade pros homens da rua. As costureirinhas vão explorando perigos… Vestido é de seda. Roupa-branca é de morim. Falando conversas fiadas As duas costureirinhas passam por mim. — Você vai? — Não vou não! Parece que a rua parou pra escutá-las. Nem trilhos sapecas Jogam mais bondes um pro outro. E o Sol da tardinha de abril Espia entre as pálpebras sapiroquentas de duas nuvens. As nuvens são vermelhas. A tardinha cor-de-rosa. Fiquei querendo bem aquelas duas costureirinhas… Fizeram-me peito batendo Tão bonitas, tão modernas, tão brasileiras! Isto é… Uma era ítalo-brasileira. Outra era áfrico-brasileira. Uma era branca. Outra era preta. ANDRADE, M. Os melhores poemas. São Paulo: Global, 1988. Os poetas do Modernismo, sobretudo em sua primeira fase, procuraram incorporar a oralidade ao fazer poético, como parte de seu projeto de configuração de uma identidade linguística e nacional. No poema de Mário de Andrade esse projeto revela-se, pois:

a)o poema capta uma cena do cotidiano — o caminhar de duas costureirinhas pela rua das Palmeiras — mas o andamento dos versos é truncado, o que faz com que o evento perca a naturalidade.

b) a sensibilidade do eu poético parece captar o movimento dançante das costureirinhas — depressinha — que, em última instância, representam um Brasil de “todas as cores”.

c) o excesso de liberdade usado pelo poeta ao desrespeitar regras gramaticais, como as de pontuação, prejudica a compreensão do poema.

d) a sensibilidade do artista não escapa do viés machista que marcava a sociedade do início do século XX, machismo expresso em “que até dão vontade pros homens da rua”.

e) o eu poético usa de ironia ao dizer da emoção de ver moças “tão modernas, tão brasileiras”, pois faz questão de afirmar as origens africana e italiana das mesmas.

Soluções para a tarefa

Respondido por ribeiroadrian508
8

Resposta:B)a sensibilidade do eu poético parece captar o movimento dançante das costureirinhas — depressinha — que, em última instância, representam um Brasil de “todas as cores”.

Explicação: Acertei no CMSP

Anexos:
Respondido por raffasiilveira
3

O projeto de configuração da identidade linguística nacional que se incorporava a oralidade e ao fazer poético que era característico do movimento Modernista se revela no poema de Mário de Andrade apresentado através da sensibilidade do seu eu poético, assim como apontado pela alternativa B.

Essa sensibilidade parece captar o movimento dançante das costureirinhas - depressinha - que, em última instância, representam um Brasil de "todas as cores", isto é, de todas as etnias, de todas as variações regionais.

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