Português, perguntado por rafaelcorreabonito, 6 meses atrás

Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a como o risco.

No trecho “Catar feijão se limita com escrever...”, João Cabral assegura que a técnica da composição é também um(a): *
a) agir instintivo.

b) constante atitude de renovação.

c) colagem despreocupada.

d) processo de seleção.

e) questão de vontade.


No texto "Catar feijão", as "palavras-palha" *
a) prejudicam a pureza artesanal da frase.

b) provocam a ambiguidade semântica.

c) embelezam o estilo do autor.

d) tornam enxuto o sentido da frase.

e) obstruem a leitura.

No texto "Catar feijão", nas "palavras-eco" *
a. é menor, quase nula, a taxa de informação.

b. há mais qualidade e quantidade de informação.

c. há obscurecimento da informação.

d. é maior a taxa de informação.

e. há informação de conteúdo original.

Ainda sobre o texto "catar feijão", o papel torna-se água congelada. Referência do poeta: *
a) à capacidade criativa do homem.

b) ao valor artístico da composição linguística.

c) à perenidade da palavra impressa.

d) à efemeridade das ideias humanas.

e) ao talento inventivo da humanidade.

No texto "Catar feijão", o chumbo também é uma referência: *
a) ao valor dramático da palavra.

b) à técnica da impressão gráfica.

c) à dificuldade de escrever.

d) à monotonia linear da palavra escrita.

e) à responsabilidade social do artista escritor.
Me ajudem pfv

Soluções para a tarefa

Respondido por RedMax
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João Cabral de Melo, em "Catar Feijão" nos apresenta a sua visão acerca do ato de criar.

Diante de uma composição metalinguística, o autor fala do próprio ato de compor, expondo que vê a escrita como um processo de catar feijões; ambos envolvem a busca insistente por palavras adequadas ao contexto.

"Catar" é um termo relacionado com uma busca incansável por algo; selecionar poucos diante de uma grande quantidade.

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