Castro Alves
Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras, moças... mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoas vãs.
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece...
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
a) No poema, o eu lírico descreve os horrores nos porões dos navios de tráfico de
escravos.
b) Não há crítica ao comportamento submisso dos escravos, e sim ao comportamento
dos escravagistas.
c) Castro Alves foi um poeta que se destacou por meio da denúncia social, expressa
em seus poemas.
d) O sentimento nacionalista está presente no poema ao apresentar uma idealização
do Brasil por alguém que está exilado.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
a letra A e a resposta acho que posso te ajudar
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