Casa dos Contos
& em cada conto te cont
o & em cada enquanto me enca
nto & em cada arco te a
barco & em cada porta m
e perco & em cada lanço t
e alcanço & em cada escad
a me escapo & em cada pe
dra te prendo & em cada g
rade me escravo & em ca
da sótão te sonho & em cada
esconso me affonso & em
cada claúdio te canto & e
m cada fosso me enforco &
(ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978).
O contexto histórico e literário do período barroco- árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela que
a) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da realidade social.
b) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da Inconfidência Mineira.
c) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por uma linguagem erudita.
d) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de procedimentos estéticos e literários.
e) o eu lirico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido pelos inconfidentes.
Soluções para a tarefa
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No poema "Casa dos Contos, eu lírico retoma o contexto político-literário em que houve literatos oposicionistas à Metrópole portuguesa, como é o caso de Cláudio Manuel da Costa, por meio de uma linguagem de ruptura.
O modo nada convencional, com representação comercial, e a desintegração de palavras são alguns dos traços característicos da poesia contemporânea.
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