Química, perguntado por MessiasNascimentos, 10 meses atrás

cartão de crédito amigo ou vilão?​

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Respondido por fabriciofgssoyosb1
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O cartão de crédito sempre foi alvo de temor, criticas e mitos. É importante para todos nós que entendamos sua função, e principalmente, como não torná-lo um grande problema.

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Antes de seguir, vou colocar as coisas em seus devidos lugares: cartão de crédito é um objeto de plástico, sem vontade própria, que não “pula da carteira de ninguém” para realizar compras, certo?

Então, nada de colocar a “culpa” no cartão. Quem gasta é o dono do cartão, ou seja, você! Com isso em mente, o resto todo fica muito mais fácil.

Meio de pagamento, uma ferramenta útil

O cartão de crédito é um meio de pagamento; simples assim. Não adianta ficarmos pensando em ideias mirabolantes sobre o assunto, pois ele é exatamente isso: um meio de realizar seus pagamentos.

Isso não significa que, pelo fato de não estar usando dinheiro vivo, você esteja dispensado de pensar no seu orçamento. Afinal, aquela fatura vai chegar.

Em poucas palavras: se você tinha R$ 100 para gastar, e resolveu usar o cartão, não significa que você tem R$ 200. Significa que já gastou aqueles R$ 100 de outra maneira.

É exatamente neste ponto que as pessoas começam a se enrolar. O cartão não é “renda extra”, “tabua de salvação” ou “ extensão de seu salário”. É apenas outro meio de pagamento, como o cheque.

Para não se enrolar

O cartão passa a ser um problema quando deixa de cumprir a função de “meio de pagamento” para ser usado como “crédito”.

Isso ocorre quando você deixa de pagar a fatura em sua totalidade, para pagar o mínimo ou qualquer valor inferior ao total.

Nesse momento, ele passou a ser uma dívida; um empréstimo tomado. E, como os juros cobrados superam 400% ao ano, num piscar de olhos a dívida se tornara impagável.

Lembre-se disso: se você tem um orçamento de, por exemplo, R$ 2mil por mês, e pretende usar o cartão, suas despesas nele não podem ultrapassar seu orçamento.

Cada gasto no cartão deve ser abatido do total disponível, e aquele dinheiro separado para o pagamento da fatura.

Assim não haverá susto e, muito menos, necessidade de pagar juros. Por isso controle é fundamental, seja usando uma planilha ou um aplicativo.

Os benefícios dos cartões

Cartões de crédito, sobretudo os mais sofisticados, oferecem um monte de benefícios. Desde as já conhecidas milhas aéreas, até acesso às salas VIP nos aeroportos ao redor do mundo.

Mas, benefício nenhum é bom o suficiente se você pagar juros. Então lembre-se: primeiro o controle, depois o resto.

Por isso eu disse no começo que, se bem usado, o cartão é sim uma ótima ferramenta.

Além desses benefícios “extras”, há também a segurança e praticidade de não carregar dinheiro, a possibilidade de comprar na internet, uso de máquinas que só aceitam cartão (cada vez mais frequentes) e assim por diante.

Importante dizer que alguns segmentos não funcionam sem cartão. Principalmente o de turismo: hotéis, cias aéreas e locadoras de carro, praticamente “não vendem” para quem não tem cartão. Eles são necessários para garantir as reservas, pagar, e assim por diante.

Então, se você ainda acha o cartão um “mal”, sob a ótica de que existem coisas que não funcionam sem ele o cartão acaba sendo “um mal necessário”.

Conclusão

Você não precisa ter medo do cartão, e sim, usá-lo de forma racional. Isso quer dizer, como meio de pagamento e com absoluto controle de seus gastos.

Você pode chegar à conclusão de que “cartão não é para mim”, e preferir o cartão de debito ou usar dinheiro; não tem problema.

Conhecer seus limites é um passo importante para não causar um problema enorme para si mesmo e para sua família. E, por isso mesmo, não significa que não possa ter um cartão na gaveta, para usá-lo nas situações em que ele é indispensável, como as que citei antes.

Agora que você entende qual é a função do plástico, como o controle é fundamental (financeiro e emocional) e o que você não deve fazer, é hora de fazer as pazes com o cartão e viver a vida de forma equilibrada.

O cartão é uma ferramenta muito útil, e se bem usada, não tem contraindicação.

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