Caro (a) estudante, você já parou para observar as formas constituídas de linguagem pelas quais nos comunicamos? Cartas, notícias, poemas, propagandas, placas, músicas, e-mails, blogs, etc.? A elas, denominamos gêneros discursivos. Assim como o oxigênio que respiramos, eles são tão presentes e essenciais em nossas vidas que sua existência nos passa despercebida, não é mesmo? Mas... será que os gêneros discursivos, da mesma maneira que nossa respiração, são coisas naturais? Às vezes, eles são “coisas” tão bem formatadas, convenientes e intrínsecas à vida humana que parece que algum deus os fez e os espalhou no mundo, no princípio dos tempos, para o nosso uso. Veja a notícia escrita, por exemplo: exposta em jornais, que facilitam o seu acesso, com uma linguagem clara, neutra e objetiva, com uma frase de chamada que orienta nosso interesse por lê-la inteiramente ou não... E o bilhete!? Também não parece perfeito para o que se propõe? Afinal: como surgem os gêneros? Como se formatam para atender às necessidades de interação entre os homens? Por que alguns são esquecidos no tempo e outros novos surgem?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Os gêneros textuais são enunciados relativamente estáveis ancorados em tipos textuais. Eles surgem, principalmente, em virtude do dinamismo das interações sociais. Ao longo de nossas vidas, somos expostos a variados tipos de leituras e envolvemo-nos em diversas situações comunicacionais. Elaboramos diferentes métodos para interagir com as pessoas e, de acordo com a circunstância, o discurso oral ou escrito pode ser alterado. Assim é a linguagem, um veículo poderoso de ação e adaptação.
Da necessidade de nos comunicar nasceram os gêneros textuais e, antes mesmo deles, os tipos textuais, estruturas nas quais os mais variados textos apoiam-se. Os tipos são limitados e estão relacionados com a forma, enquanto os gêneros são incontáveis e estão relacionados com o tipo de conteúdo veiculado. Os gêneros estão ancorados em modelos predefinidos e assim se apresentam para os leitores e interlocutores.
Acompanhando o dinamismo da linguagem e da comunicação, os gêneros podem sofrer modificações ao longo do tempo. Esse fenômeno é chamado de transmutabilidade, ou seja, novas formas surgem a partir de formas já existentes. Foi o que aconteceu com as cartas, que antigamente escrevíamos e enviávamos via correios. As inovações tecnológicas praticamente substituíram esse gênero por outro bastante usual, utilizado para as mais variadas finalidades: o e-mail. Contudo, embora as cartas não sejam mais tão usuais, os e-mails que mandamos para nossos amigos ou os utilizados em nossas relações profissionais guardam traços comuns com seu gênero matricial.
Explicação: Espero ter ajudado.