Ed. Física, perguntado por liliancardoso41, 7 meses atrás

Carlos tem 42 anos e é seu amigo de longa data. Como vinha sentindo dores de cabeça e tontura frequentes, procurou um cardiologista, que após algum tempo de monitoramento, diagnosticou hipertensão arterial. Seus registros pressóricos estavam oscilando entre 160 x 85 mmHg e 170 x 90 mmHg. Carlos iniciou os medicamentos indicados e, já que você é amigo e profissional da saúde, ele lhe procurou para conversar sobre o assunto. Seu desafio é responder as seguintes perguntas de Carlos. Use terminologia técnica adequada. 1. O que exatamente significa uma pressão de 160 x 85 mmHg? 2. Li na internet que debito cardíaco, resistência e volume de sangue influenciam na pressão. É verdade? Como isso tem influência? Escreva sua resposta no campo abaixo:

Soluções para a tarefa

Respondido por vinimalachias
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Padrão de resposta esperado

1. Para entender isso, é preciso pensar que, inicialmente, o sangue que está no coração é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta. Nesse momento, a pressão gerada pelo ventrículo esquerdo resulta em uma maior pressão na aorta (em função da entrada de sangue). Essa pressão aórtica atinge valores médios de 120 mmHg durante a sístole ventricular. Esse momento é chamado de pressão sistólica, correspondendo à pressão mais elevada. Na sequência desse evento, quando o ventrículo relaxa e a valva semilunar se fecha, as paredes das artérias retraem-se, propelindo o sangue em direção às artérias menores e arteríolas. Esse segundo evento se caracteriza por uma queda constante de pressão, que atinge valores médios de 80 mmHg durante a diástole ventricular. Esse momento é chamado de pressão diastólica.

Então, uma pressão de 160 x 85 mmHg significa que a pressão máxima atingida foi de 160 mmHg, correspondendo à pressão sistólica, e a mínima foi de 85 mmHg, correspondendo à pressão diastólica.

2. Sim, é verdade. Para entender como esses parâmetros influenciam na pressão arterial, precisamos considerar que:

Débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo por unidade de tempo. Resistencia periférica é a resistência que que as arteríolas (de menor calibre) oferecem à passagem do sangue. Volemia é o volume de sangue circulante.

Então, se considerarmos que o sistema circulatório é um sistema de vasos fechados, podemos pensar que a pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. Se o débito cardíaco for aumentado, o fluxo sanguíneo para dentro da aorta também irá aumentar. Por consequência, espera-se que um aumento de débito cardíaco leve a um aumento de pressão se a resistência periférica permanecer constante. Para que a pressão não suba nessa situação, seria necessário, por exemplo, uma diminuição da resistência periférica. Se, por outro lado, o débito cardíaco permanecer normal, mas houver aumento da resistência periférica (causada por placas ateroscleróticas, por exemplo), haverá acúmulo de sangue na periferia e por consequência, a pressão irá aumentar. Ou seja, o aumento da pressão arterial média é diretamente proporcional ao débito cardíaco e à resistência periférica. Quanto à volemia, se o volume de sangue circulante aumenta em função de edema, por exemplo, espera-se que haja aumento da pressão arterial média. Por outro lado, se houver perda sanguínea, como em uma hemorragia, por exemplo, espera-se que haja queda de pressão.

Respondido por carloscjcs
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Padrão de resposta esperado

1. Para entender isso, é preciso pensar que, inicialmente, o sangue que está no coração é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta. Nesse momento, a pressão gerada pelo ventrículo esquerdo resulta em uma maior pressão na aorta (em função da entrada de sangue). Essa pressão aórtica atinge valores médios de 120 mmHg durante a sístole ventricular. Esse momento é chamado de pressão sistólica, correspondendo à pressão mais elevada. Na sequência desse evento, quando o ventrículo relaxa e a valva semilunar se fecha, as paredes das artérias retraem-se, propelindo o sangue em direção às artérias menores e arteríolas. Esse segundo evento se caracteriza por uma queda constante de pressão, que atinge valores médios de 80 mmHg durante a diástole ventricular. Esse momento é chamado de pressão diastólica.

Então, uma pressão de 160 x 85 mmHg significa que a pressão máxima atingida foi de 160 mmHg, correspondendo à pressão sistólica, e a mínima foi de 85 mmHg, correspondendo à pressão diastólica.

2. Sim, é verdade. Para entender como esses parâmetros influenciam na pressão arterial, precisamos considerar que:

Débito cardíaco é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo por unidade de tempo. Resistencia periférica é a resistência que que as arteríolas (de menor calibre) oferecem à passagem do sangue. Volemia é o volume de sangue circulante.

Então, se considerarmos que o sistema circulatório é um sistema de vasos fechados, podemos pensar que a pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. Se o débito cardíaco for aumentado, o fluxo sanguíneo para dentro da aorta também irá aumentar. Por consequência, espera-se que um aumento de débito cardíaco leve a um aumento de pressão se a resistência periférica permanecer constante. Para que a pressão não suba nessa situação, seria necessário, por exemplo, uma diminuição da resistência periférica. Se, por outro lado, o débito cardíaco permanecer normal, mas houver aumento da resistência periférica (causada por placas ateroscleróticas, por exemplo), haverá acúmulo de sangue na periferia e por consequência, a pressão irá aumentar. Ou seja, o aumento da pressão arterial média é diretamente proporcional ao débito cardíaco e à resistência periférica. Quanto à volemia, se o volume de sangue circulante aumenta em função de edema, por exemplo, espera-se que haja aumento da pressão arterial média. Por outro lado, se houver perda sanguínea, como em uma hemorragia, por exemplo, espera-se que haja queda de pressão

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