Carlos Lacerda, que quatro anos antes agradecera a Deus a chegada dos tanques, foi levado preso para um quartel, por ordem do general Jayme Portella, para desagrado do comandante do I Exército, Syseno Sarmento, que acabara de encarcerar o ex-presidente Juscelino Kubitschek, capturado quando descia as escadas do Teatro Municipal. JK foi levado para uma unidade da Baixada Fluminense, onde o deixaram num alojamento sujo, com privada sem tampo, sofá rasgado e goteira [...]. Em Goiânia, onde seria paraninfo de uma turma de estudantes de direito, o advogado Sobral Pinto, que, em 1963, denunciara a bolchevização do país e um ano depois estava no DOPS soltando comunistas, foi preso de pijama e chinelos, aos 75 anos. GASPARI, E. As ilusões armadas. 1. A ditadura envergonhada. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. 432 p., pp. 343-344. O autor do texto apresenta informações relativas ao período histórico brasileiro conhecido como Ditadura Civil-Militar (1964-1985). Com relação à ideia global do texto e a partir de seus conhecimentos sobre o tema, é CORRETO afirmar que. Opção única.
(1 Ponto)
a) a Ditadura Civil-Militar não se limitava a perseguir, prender e torturar comunistas ou membros da esquerda brasileira.
b) muitas prisões de personagens de esquerda foram necessárias para se alcançar a estabilidade do regime político instaurado em 1964.
c) os militares no poder estavam saneando a vida política nacional por meio da prisão de líderes civis corruptos e populistas.
d) o zelo militar na defesa dos ideais democráticos ia ao ponto de prender civis considerados perigosos à estabilidade democrática.
e) muitas lideranças políticas civis estavam traindo a democracia brasileira, o que as tornava alvo da repressão política da Revolução de 31 de Março.
Soluções para a tarefa
Resposta:letra A
Explicação: a Ditadura Civil-Militar não se limitava a perseguir, prender e torturar comunistas ou membros da esquerda brasileira.
Espero ter ajudado.
É correta a alternativa A, já que a Ditadura Civil-Militar perseguia qualquer pessoa que fosse vista como um "obstáculo" para a expansão do regime, "transformando" qualquer desafeto político em um "comunista disfarçado" - tática que os seus defensores ainda usam nos dias de hoje.
Até mesmo entre os próprios militares houve perseguidos, tendo sido presos e expulsos da corporação aqueles que se opuseram, por exemplo, ao avanço da violência e do autoritarismo no início dos Anos de Chumbo. Além disto, muitas vezes pessoas eram presas por serem parte de sindicatos ou por denunciarem os casos de corrupção da ditadura.