Características dos sistemas (digestório, respiratório, hidrovascular e nervoso) do EQUINODERMOS
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Resposta:
SISTEMA HIDROVASCULAR
Os equinodermos tipicamente possuem um sistema ambulacral ou sistema hidrovascular, derivado de um compartimento de celoma, que se projeta da superfície do corpo na forma de uma série de estruturas tentaculares, (os pódia e os pés ambulacrais), protraídos pelo aumento na pressão do fluido no seu interior; tem uma abertura para o meio externo (madreporito ou hidroporito) geralmente presente. A locomoção é por meio de pés ambulacrais (ou ambulacrários), que protraem das áreas ambulacrais, pelo movimento dos espinhos ou pelo movimento dos braços, que se estendem a partir do disco central do corpo. Também existem ventosas nas extremidades dos pés ambulacrários que permitem ao animal fixar-se ao substrato, exceto os representantes da classe Ophiuroidea.
SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório (ou digestivo) desses animais é geralmente completo, axial ou enrolado; ânus ausente nos ofiuroides. Nos asteroides é pentâmero, ocupa a maior parte do espaço interno do disco e braços. A boca está localizada no centro de uma membrana peristomial circular e resistente, que é muscular e tem um esfíncter. A boca abre para um curto esôfago que leva a um grande estômago, o qual ocupa a maior parte do disco. O estômago está dividido por uma constrição horizontal, em uma grande câmara oral, o estômago cardíaco e um estômago pilórico aboral menor e achatado. A digestão em asteroides é principalmente extracelular e as enzimas são produzidas pelo estômago e cecos pilóricos. Os produtos da digestão extracelular parcial realizada no estômago passam para dentro dos cecos pilóricos, onde a digestão se completa e acontece a absorção. Esta também ocorre nos cecos retais. Os nutrientes podem ser armazenados nas células dos cecos pilóricos ou liberados para o celoma ou para o sistema hemal, para distribuição. Resíduos não digeríveis de dentro do estômago e dos cecos pilóricos passam para o reto, onde formam as fezes e são eliminados.
SISTEMA NERVOSO
Equinodermos têm um sistema nervoso radial simples que consiste em uma rede nervosa modificada (neurônios interconectados sem nenhum órgão central) e anéis nervosos nervos radiais em volta da boca se estendendo por cada braço. Os ramos desses nervos coordenam o movimento do animal. Não têm cérebro, embora alguns possam ter gânglios. O sistema nervoso dos equinodermos é constituído por três unidades localizadas em diferentes níveis no disco e nos braços. Destes, o mais importante é o sistema oral, composto por um anel nervoso em torno da boca e por um nervo radial principal no interior de cada braço. Aparentemente, ele coordena os pés ambulacrais. Em seguida, temos um sistema mais profundo (hiponeural), que se estende aboralmente em relação ao sistema oral e, por fim, um sistema aboral, formado por um anel ao redor do ânus e por nervos radiais ao longo da superfície superior de cada raio. Um plexo nervoso epidérmico, ou rede nervosa, interliga livremente estes sistemas à parede do corpo e a estruturas relacionadas. O plexo epidérmico coordena as respostas das brânquias dérmicas e estímulos táteis, sendo este o único caso conhecido entre os equinodermos no qual ocorre coordenação através de uma rede nervosa. Os órgãos dos sentidos são poucos desenvolvidos. Órgãos táteis e outras células sensoriais estão espalhados pela superfície do corpo, e um ocelo ocorre na extremidade do braço. Reagem principalmente ao toque, temperatura, substâncias químicas e diferenças na intensidade luminosa. Geralmente as estrelas-do-mar são mais ativas à noite.
Os espinhos estão presentes em diversos formatos nos grupos de equinodermos e têm as funções de proteção e locomoção. Podem ser recobertos por substâncias de caráter tóxico.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração nos equinodermos ocorre por meio de difusão - entra a água do ambiente que habitam (água do mar) e a que se encontra no sistema ambulacrário.
Nos pepinos-do-mar, por exemplo, existem diversos filamentos ao redor da cavidade oral, por onde passa o líquido celomático. Não existe um pigmento que transporta o oxigênio. Os ouriços-do-mar possuem brânquias dérmicas, similares às brânquias periorais dos pepinos-do-mar e também ocupadas por líquido celomático.