Capitulo: Quero ser médico
[...] Levávamos uma vida simples na casa em que minha tia orgulhosamente dizia ter projetdado. Naquela época, eu morava com meus cinco primos, que viraram meus irmãos postiços. Não tinhamos autorama, Playmobil ou Atari, mas tinhamos ele, o quintal. Ali nos divertiamos com brincadeiras de custo zero: esconde esconde, pega-pega, garrafão. Também gostávamos de construir brinquedos com latas de óleo, pedaços de pau. Como criança cansa rápido de tudo, desenvolvemos uma criatividade enorme, sempre inventando coisas novas pra fazer.
ΝΑ MINHA PELE
LAZARO RAMOS
Claro que tinhamos TV. Quando não se tem dinheiro, a falta de livros e de brinquedos é preenchida pela televisão, que ocupa boa parte do tempo. O curioso é que minha referência infantil não foi a Xuxa. Não sei se por corporativismo baiano, preferíamos o programa da Mara Maravilha. Outro idolo era o Jairzinho, do Balão Mágico. Durante a infância, toda criança quer ser "alguém": elege um super-herói, um personagem de série preferido. Pois eu queria ser o Jairzinho. Queria usar aquele macacão vermelho, ter aquele olhar de criança vivida e pegar carona na cauda do cometa com a turma que eu achava a mais legal do mundo. Acho que isso acontecia porque existia uma identificação visual: por ser um dos poucos negros no universo televisivo infantil, Jairzinho parecia mais próximo de mim.
Na minha infância, não tinha esse papo de ancestralidade. Mais recentemente, numa conversa com o professor Muniz Sodré percebi que, mais do que a filosofia e a ciência, o que traz a mudança mesmo são as representações coletivas, e a ficção tem o papel fundamental nessa construção. "A Literatura sempre disse mais sobre o homem no Brasil que a sociologia - até hoje, muito preocupada apenas com lutas de classes. O cinema e a novela, com a força que têm hoje em nosso país, podem trazer um ataque forte aos preconceitos", me disse o Muniz em uma entrevista para o Espelho. Eu incluiria a literatura infantil e as biografias nesse rol e acho que ele concordaria comigo.[...] (RAMOS
2- desse relato, o que vc destacaria?
3- O autor além de contar o que viveu, faz reflexões sobre suas experiências. Aponte um desses comentários
4- Para contar a trajetória de vida, os autores de texto biográficos ou autobiográficos situam no tempo os acontecimentos narrados. Quais palavras Lázaro usa para organizar cronologicamente seu texto?
ALGUEM ME AJUDA PFV E PARA AMANHÃ :( OBG...
Soluções para a tarefa
Respondido por
4
Resposta:
OLÁ ME DA UMA MARCA DE MELHOR RESPOSTA ♡
Explicação:
2)
A maneira que sua história de Infância É mostrada, mostra que foi muito simples mas feliz .
3)
mas do que que a filosofia e a ciência o que realmente traz mudanças são as representações coletivas
4)
época,morava,divertíamos,tínhamos,ancestralidade,era existia .
edudaleonardo:
para eu da uma marca de mlhr resposta preciso de outra resposta
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