Capim Pubo (esse é o texto)
Maria Alice Ferreira Simão
Capim Pubo, esse era o nome do lugar onde
passei toda minha infância, aqui perto. Era um luga-
rejo pouco afastado das demais localidades. Contava
apenas com duas famílias: a nossa e a do tio Manoel.
Era um lugar tranquilo, longe da estrada central, por
onde passavam alguns carros, era um paraíso.
Nossas casas ficavam lá no alto de um morro,
cercado da própria mãe natureza. De um lado, pal-
meiras de babaçu e, do outro, campos, lajeiros e car-
naubais, de onde nascia um braço do rio Marathaoan,
que é o rio que banha nossa cidade de Barras.
Nossas brincadeiras de criança eram marca-
das por duas estações do ano: inverno e verão. No
inverno, ficávamos ilhados, pois a água subia até me-
tade do morro onde minha mãe pescava de anzol.
Ainda sinto, com a saudade, o cheirinho das piabas
fritas no azeite de coco babaçu.
Durante esse período de cheia, o nosso trans-
porte era uma canoa que ficava ancorada debaixo de
um sapotizeiro.
Enquanto nosso espaço estava inundado, eu
e meus primos nos divertíamos pra valer! Todos os
dias tínhamos um passeio. Ir à escola inclusive era
uma diversão pois ela ficava do outro lado do rio. Era
muito gostoso navegar por entre as árvores.
Meu pai era quem ia no comando. Eu, como
o mais velho da turma, observava aquela briga do
remo com a água e a canoa que dançava conforme a
música do braço do meu pai até chegar ao nosso
destino.
Passava-se o inverno e as margens do rio iam
secando... aquele cheirinho de capim pubo aromati-
zava o ar, e a nova pastagem surgia para os animais
que ali comiam.
Era um novo tempo, voltávamos para nossas
brincadeiras em terra firme: a bolinha de meia rolava
solta, nossos cavalinhos feitos de talo de carnaúba
eram apostados nas corridas, e a bicicleta que estava
no canto voltava às suas atividades físicas!
Hoje, o que ainda resta lá, é a bela natureza:
o rio inesgotável, onde as mulheres vão lavar roupas
e os homens pescar.
Atualmente, moro a três quilômetros de Ca-
pim Pubo! Vivo de alma aberta, de tão perto que vi-
vemos. A distância não nos separou. De vez em
quando mato a saudade mergulhando naquelas águas mansas, revivendo os sonhos que semeei no
mundo imaginário de uma criança e sinto o gostoso
cheiro do capim pubo.
(essa éa pergunta)
05) Assinale o trecho em que podemos observar
uma relação causa e consequência.
(A) Era um lugar tranquilo, longe da estrada cen-
tral, por onde passavam alguns carros, era um
paraíso.
(B) Nossas casas ficavam lá no alto de um mor-
ro, cercado da própria mãe natureza.
(C) No inverno, ficávamos ilhados, pois a água
subia até metade do morro onde minha mãe
pescava de anzol.
(D) Era muito gostoso navegar por entre as árvores.
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
Letra c
Explicação:
Agradece aí e da estrelas pfvr
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