calcule a probabilidade de um casal ter um filho com 6 dedos nas mãos sendo que ambos são heterozigotos para polidactilia
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Polidactilia, apesar de dominante, raramente gera um sexto dedo funcional. Normalmente é apenas uma projeção de carne, ou uma bifurcação em um dedo funcional.
Por isso, não representa uma vantagem evolucionária, sendo - na maioria dos casos - uma desvantagem: o dedo extra pode nascer morto, ou deformado, ou deformando o dedo vizinhos. Os sobreviventes recentes normalmente tem o dedo ou projeção extra extraídos cirurgicamente logo após o nascimento. Veja nas fontes fotos de quanto alterada pode ficar a mão ou o pé de um polidáctilo.
Apesar disso, há aqueles que tem a formação do dedo extra completa e funcional. Há o caso de uma aldeia na Índia em que aproximadamente um terço dos habitantes tem um sexto dedo nas mãos e nos pés, completamente funcionais.
Dito isto, cientistas teorizam que não há motivo fisiológico para que o ser humano não tivesse se desenvolvido com 6, 7 ou mais, ou apenas 3 ou 4 dedos em cada membro. O número de 5 parece arbitrário, e resultado de um balanço entre utilidade e custo: a utilidade que até cinco dedos proporcionam - flexibilidade, habilidade, força e até redundância - contra a energia necessária para criar mais dedos. Em algum momento da nossa evolução, a energia necessária para criar 6 ou mais dedos deve ter se tornado um revés evolucionário, sendo uma característica que dava ao indivíduo menos probabilidade de alcançar a idade reprodutiva.
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Algumas observações sobre as respostas que vi:
- Dominante: sim, é dominante, mas normalmente o indivíduo é híbrido, pois a reprodução entre polidáctilos é extremamente rara, sendo observado apenas em populações isoladas.
- Assim sendo, polidáctilos híbridos com não-polidáctilos tem cerca de 50% de chances de gerar polidáctilos - que também serão híbridos; ainda que entre polidáctilos, a probabilidade de gerar polidáctilos cresce até 75%, mas com apenas 25% de chances de gerar polidáctilos duplo-dominantes.
- Não sendo uma característica comum, a polidactilia aparece, quando não herdada, como anomalia genética, ou seja, mutação. Mas mutação é a principal ferramenta evolucionária, e outras ocorrem e continuarão ocorrendo no ser humano.
- "o mais forte sobrevive" é uma simplificação grosseira das teorias evolucionárias: o ser humano é uma das criaturas mais fracas da natureza, no entanto se tornou o ser dominante no planeta por outros quesitos, como cooperação e solidariedade; uma aproximação mais correta seria: "sobrevive como espécia aquela que se adaptar ao ambiente o suficiente para que seus indivíduos sobrevivam até se reproduzirem"; esqueçam esta coisa de "melhor" ou "mais forte", o imperativo biológico é a reprodução;
- quando muito, a polidactilia mostra que ter genes duplo-recessivos não é necessariamente sinônimo de doença;
- não, não é 1/3 dos indianos que tem polidactilia: em uma aldeia da Índia, uma família muito numerosa (mais de 100) tem 1/3 de seus integrantes com 6 dedos nas mãos e nos pés - o que revela que somente em populações isoladas esta característica pode se tornar frequente. . A polidactilia é, na realidade, até 10 vezes mais comum entre africanóides que entre caucasóides.
- genes se espalham tão facilmente quanto a população; a restrição de disseminação de mutações ou características genéticas vistas como anômalas é mais social que biológica.
Por isso, não representa uma vantagem evolucionária, sendo - na maioria dos casos - uma desvantagem: o dedo extra pode nascer morto, ou deformado, ou deformando o dedo vizinhos. Os sobreviventes recentes normalmente tem o dedo ou projeção extra extraídos cirurgicamente logo após o nascimento. Veja nas fontes fotos de quanto alterada pode ficar a mão ou o pé de um polidáctilo.
Apesar disso, há aqueles que tem a formação do dedo extra completa e funcional. Há o caso de uma aldeia na Índia em que aproximadamente um terço dos habitantes tem um sexto dedo nas mãos e nos pés, completamente funcionais.
Dito isto, cientistas teorizam que não há motivo fisiológico para que o ser humano não tivesse se desenvolvido com 6, 7 ou mais, ou apenas 3 ou 4 dedos em cada membro. O número de 5 parece arbitrário, e resultado de um balanço entre utilidade e custo: a utilidade que até cinco dedos proporcionam - flexibilidade, habilidade, força e até redundância - contra a energia necessária para criar mais dedos. Em algum momento da nossa evolução, a energia necessária para criar 6 ou mais dedos deve ter se tornado um revés evolucionário, sendo uma característica que dava ao indivíduo menos probabilidade de alcançar a idade reprodutiva.
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Algumas observações sobre as respostas que vi:
- Dominante: sim, é dominante, mas normalmente o indivíduo é híbrido, pois a reprodução entre polidáctilos é extremamente rara, sendo observado apenas em populações isoladas.
- Assim sendo, polidáctilos híbridos com não-polidáctilos tem cerca de 50% de chances de gerar polidáctilos - que também serão híbridos; ainda que entre polidáctilos, a probabilidade de gerar polidáctilos cresce até 75%, mas com apenas 25% de chances de gerar polidáctilos duplo-dominantes.
- Não sendo uma característica comum, a polidactilia aparece, quando não herdada, como anomalia genética, ou seja, mutação. Mas mutação é a principal ferramenta evolucionária, e outras ocorrem e continuarão ocorrendo no ser humano.
- "o mais forte sobrevive" é uma simplificação grosseira das teorias evolucionárias: o ser humano é uma das criaturas mais fracas da natureza, no entanto se tornou o ser dominante no planeta por outros quesitos, como cooperação e solidariedade; uma aproximação mais correta seria: "sobrevive como espécia aquela que se adaptar ao ambiente o suficiente para que seus indivíduos sobrevivam até se reproduzirem"; esqueçam esta coisa de "melhor" ou "mais forte", o imperativo biológico é a reprodução;
- quando muito, a polidactilia mostra que ter genes duplo-recessivos não é necessariamente sinônimo de doença;
- não, não é 1/3 dos indianos que tem polidactilia: em uma aldeia da Índia, uma família muito numerosa (mais de 100) tem 1/3 de seus integrantes com 6 dedos nas mãos e nos pés - o que revela que somente em populações isoladas esta característica pode se tornar frequente. . A polidactilia é, na realidade, até 10 vezes mais comum entre africanóides que entre caucasóides.
- genes se espalham tão facilmente quanto a população; a restrição de disseminação de mutações ou características genéticas vistas como anômalas é mais social que biológica.
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