Cada obra narrativa é um mundo à parte, concebido pelo talento do artista. Tomando a caneta como um escultor toma seu martelo e seu cinzel, o escritor aceita o desafio de bolear a letra. Tece um admirável mundo novo, o qual brota diretamente do talento, da capacidade e da técnica.
O leitor/ouvinte, apaixonado, aceita o irresistível convite do artista e adentra, com gosto, em um universo novo, no qual vislumbra possibilidades e visões de mundo nunca antes imaginadas.
Tido como um dos grandes poetas de sua geração, Renato Russo derrubou as barreiras que existiam entre modalidades artísticas e transformou rock em poesia.
Leia um fragmento da canção Eduardo e Mônica:
O dia a dia do profissional de Letras é cheio de surpresas. Você foi encarregado de transformar uma canção em um diálogo. Tomando como base as características dos dois personagens principais, Eduardo e Mônica, nesse fragmento da letra da canção, crie um diálogo, imagine sobre o que conversariam, o que diriam um para o outro, considerando a descrição que é feita deles ao longo da letra, como seria uma conversa em um aplicativo de mensagens instantâneas entre esses dois personagens.
Soluções para a tarefa
A transformação da música narrativa necessita de enredo, diálogo, início, meio e fim. Desse modo, é preciso estar atento aos detalhes e, principalmente, ao tema da letra da música.
A transformação da música Eduardo e Mônica em narrativa
Um passeio no parque
A Mônica estava atrasada, pois seu primeiro dia na faculdade estava deixando ela toda atrapalhada. Saiu correndo do dormitório e ainda tinha que atravessar o parque para chegar ao laboratório de anatomia. O telefone tocou e ao tentar tirar o telefone da bolsa os livros, que estava segurando, caíram.
- Não acredito! - expressou em voz alta.
Alguém a sua frente começou a rir e ela não sabia se olhava para a pessoa, para os livros ou para o telefone.
- Eu também não acredito, encontrar você por aqui Mônica é muita coincidência - disse Eduardo, o moço que estava rindo, seu amigo de infância.
Ela sorriu, acabou desistindo de dar atenção ao telefone.
- Também não acredito encontrar você por aqui, sendo que achei que você estava morando no exterior - disse a Mônica, enquanto Eduardo pegava seus livros do chão.
Ele arrumou os livros e entregou para ela.
- Pois é, fui obrigado a voltar da Alemanha, pois tive que assumir os negócios da família.
Ela sorriu e disse:
- Legal saber que você virou empresário alemão agora - colocou os cabelos para atrás das orelhas, um pouco tímida. Havia um tempo em que ela acreditava firmemente que o Eduardo gostava dela.
Ficaram um tempo se olhando, ele percebendo o quanto ela estava mudada, pois havia pintado os cabelos. Ele, aos olhos dela, ainda parecia um menino. Mônica despertou do transe:
- Eu tenho que ir, pois estou muito atrasada. - Ele sorriu.
- Me passa o teu telefone. O que você acha de combinarmos um cineminha? - Ela sorriu, ele não havia mesmo mudado.
- Claro - ela disse o telefone e ele gravou no celular.
- Você pode me encontrar hoje a tardinha na lanchonete para colocarmos a conversa em dia? - perguntou ele apreensivo, pois sabia o quanto ambos eram diferentes e que a conversa poderia ser um desastre, como já havia ocorrido.
Ela suspirou, olho para ele, sorriu:
- Claro, podemos nos encontrar na lanchonete, mas não poderei ir no cinema porque tenho minha aula de meditação a noite.
Ele sorriu, pois ela havia mudado o cabelo, mas a personalidade continuava a mesma.
Eduardo e Mônica se despediram, ansiosos que pudessem se reencontrar, apesar das diferenças.
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