Cada civilização tende a superestimar a orientação objetiva de seu pensamento; é por isso, portanto, que ela jamais está ausente. Quando cometemos o erro de ver o selvagem como exclusivamente governado por suas necessidades orgânicas ou econômicas, não percebemos que ele nos dirige a mesma censura e que, para ele, seu próprio desejo de conhecimento parece melhor equilibrado que o nosso. LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. Campinas, SP: Papirus, 1989. No texto, o autor expõe seu ponto de vista sobre o pensamento de civilizações selvagens, defendendo que este é a) definido a partir da cultura de cada comunidade. b) legítimo no contexto da sociedade civilizada. c) orgânico segundo princípios biológicos. d) desprovido de raciocínio lógico. e) regido pelos seus instintos naturais.
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É correta a alternativa A.
Lévi-Strauss, que defendia a teoria relativista na antropologia, vê em cada cultura um modo próprio de interpretar o mundo, e este modelo de compreensão é intimamente ligado pelos modelos culturais próprios de cada comunidade.
Neste sentido, não faz sentido reduzir a ideia de civilização a uma concepção biológica, associada com instintos naturais e desprovida de lógica, e sim a todos os interesses, símbolos, técnicas e modos de vida que definem a existência de cada comunidade.
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