c)
O processo de urbanização
de Belém seguiu como modelo para
outras cidades;certo ou errado
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Resposta:
A URBANIZAÇÃO DE BELÉM NO FINAL DO SÉCULO XIX
HISTÓRIA DO BRASIL
Reestruturação urbana de Belém, comercialização da borracha, belle époque paraense, Paris Hausmaniana, projeto paraense, desenvolvimento paraense.
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O dinheiro gerado pela comercialização da borracha foi muito importante para a reestruturação urbana de Belém, especialmente a partir do ano de 1897, que marcou o inicio do governo de Antônio Lemos (1897-1911) este intendente promoveu uma renovação estética e higienista da cidade e de seu porto que é denominada belle époque paraense. Intervenções urbanas foram comuns no final do século XIX em vários locais do mundo como Viena, São Petersburgo ou Brasil, todas tinham como modelo de cidade a Paris Hausmaniana (ruas largas ou boulevards, iluminação pública e espaços verdes); no Brasil, Manaus e Rio de Janeiro sofreram intervenções estáticas muito semelhantes.
Em Belém esse projeto vinha atender ao novo gosto da elite endinheirada do látex e também para demonstrar aos investidores estrangeiros que Belém era segura e salubre. A nova elite econômica com destaque para os seringalistas transformando a capital em centro financeiro, de consumo, luxo e divertimentos; para atender essa necessidade o poder municipal aumentou impostos, financiamentos e entrando em acordos com o governo estadual nos planos de saneamento e embelezamento da cidade.
As ruas estreitas da Cidade Velha e da Campina mantiveram o estilo colonial português, mas era necessário construir avenidas largas. Nesse sentido, a construção do Boulevard da República próximo ao cais do porto facilitaria o escoamento e a transação comercial da borracha, simbolizando também o gosto europeu. Calçaram-se as ruas, instalou-se uma rede de esgotos, criou-se um serviço de transportes públicos, construíram-se bosques, quiosques e praças.
Desde 1870, a cidade possuía iluminação a gás e bondes puxados por mulas. O centro comercial, onde se encontravam as casas aviadoras, bancos e lojas chics, tornou-se um centro de consumo de tecidos conforme a última moda de Paris e Londres (loja Paris n’ América), vinho Piper Mint de Rivel (medalha de ouro na exposição de Paris de 1890); alimentos importados como carne, champagne, vinagre, manteiga entre outros. É importante mencionar que a maior parte da população não possuía dinheiro sequer para comprar peixe, enquanto alguns tentavam adotar hábitos europeus.
O boom gomífero possibilitou que viessem ao Pará importantes companhias teatrais e musicais os jornais da época comentavam o desempenho dos artistas, a presença de autoridades, ricos comerciantes e intelectuais e a forma como estavam vestidos serviam de termômetro do prestígio das companhias e da elite local. De acordo com Sarges[1], que estudou Belém no período da “belle-époque”, ir ao teatro, além de opção de lazer da elite local, era um sinal de elegância e distinção social, o que levava a uma identificação com a elite européia. O número de peças foi tão grande que Lemos passou a defender a construção de outro teatro além do Teatro da Paz, segundo ele era um vexame alguns grupos de artistas terem que trabalhar no teatro Poytheanna,que o intendente considerava um barraco.
Explicação:
Belem serviu como modelo para outras cidades, certo