Português, perguntado por dasilvamichel976, 4 meses atrás

C. Em relação ao tempo, o narrador dá informações sobre a duração do período dos conflitos de Norberto?
Você pode inferir, pelas marcas temporais deixadas pelo narrador, se o período da narrativa demorou dias,

anos ou séculos?

Soluções para a tarefa

Respondido por pauladeleite
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Resposta:

Em relação ao tempo, o narrador informa o período em que a personagem Norberto fica à procura da bela mulher que um dia ele viu. De acordo com as marcas linguísticas de tempo, pode-se inferir

que a narrativa durou dias.

Explicação:


quesiagomeszxv: Muito obrigada
Respondido por sabercompartilhado1
4

A questão se refere ao conto “As Paradas” de Artur de Azevedo. A resposta é sim. Em relação ao tempo, o narrador dá informações sobre a duração do período dos conflitos de Norberto.

Do primeiro momento que Norberto viu a bela moça  até o segundo momento o narrador  diz ter se passado alguns dias. Do segundo momento  que Norberto viu a  moça até o terceiro momento  o narrador diz ter se passado 8 dias. O conflito de Norberto entre encontros e desencontros deve ter durado entre 10 a 12 dias.

Gênero Textual - Conto

Conto é um texto curto, uma história em torno de uma situação ocorrida (enredo) em um tempo determinado contada por um  narrador. Tem poucos personagens e lugares.

A estrutura do conto é composta pela apresentação do enredo, desenvolvimento dos acontecimentos, momento de tensão, e desfecho. Os contos podem ser realistas, populares, fantásticos, de terror, de humor, infantis, psicológicos, de fadas.

Assim podemos concluir que o gênero textual "conto" consiste de um texto curto, em torno de um enredo que se desenvolve atinge o clímax e tem um desfecho, sendo contado por um narrador.

Leia  o conto "As Paradas" de Artur de Azevedo aqui:

As Paradas

O Norberto, que a princípio aceitou com entusiasmo as paradas dos bondes de Botafogo, é hoje o maior inimigo delas. Querem saber por quê? Eu lhes conto:

O pobre rapaz encontrou uma noite, na Exposição, a mulher mais bela e mais fascinante que os seus olhos ainda viram, e essa mulher - oh, felicidade!... oh, ventura!... -, essa mulher sorriu-lhe meigamente e com um doce olhar convidou-o a acompanhá-la.

O Norberto não esperou repetição do convite: acompanhou-a.

Ela desceu a Avenida dos Pavilhões, encaminhou-se para o portão, e saiu como quem ia tomar o bonde; ele seguiu-a, mas estava tanto povo a sair, que a perdeu de vista.

Desesperado, correu para os bondes, que uns seis ou sete havia prontos a partir, e subiu a todos os estribos, procurando em vão com os olhos esbugalhados a formosa desconhecida.

— Provavelmente foi de carro, pensou o Norberto, que logo se pôs a caminho de casa.

Deitou-se mas não pôde conciliar o sono: a imagem daquela mulher não lhe saía da mente. Rompia a aurora quando conseguiu adormecer para sonhar com ela, e no dia seguinte não se passou um minuto sem que pensasse naquele feliz encontro.

Daí por diante foi um martírio. O desditoso namorado começou a emagrecer, muito admirado de que lhe causassem tais efeitos um simples olhar e um simples sorriso.

Passaram-se alguns dias e cada vez mais crescia aquele amor singular, quando uma tarde - oh, que ventura!... oh, que felicidade!... -, uma tarde passeando no Catete, o Norberto vê, num bonde das Laranjeiras, a dama da Exposição. Ela não o viu.

O pobre-diabo fez sinal ao condutor para parar, mas por fatalidade o poste da parada estava muito longe e o bonde não parou. E não haver ali à mão um tílburi, uma caleça, um automóvel!...

O Norberto deitou a correr atrás do bonde, mas só conseguiu esfalfar-se. Que pernas humanas haverá tão rápidas como a eletricidade?

Esse novo encontro acendeu mais viva chama no peito do Norberto, e não tiveram conta os passeios que ele deu do Largo do Machado às Águas Férreas, na esperança de ver a sua amada e falar-lhe.

Oito dias depois, o Norberto percorria de bonde, pela centésima vez, as Laranjeiras, quando, nas alturas do Instituto Pasteur, viu passar - oh, felicidade!... oh, ventura!... -, viu passar na rua a mulher que tanto o sobressaltava.

— Pare! pare!... gritou ele ao condutor.

— Aqui não posso; vamos ao poste de parada!

O Norberto quis descer, mas a rapidez com que o bonde rodava era tamanha, que não se atreveu.

Chegando ao poste de parada, ele atirou-se à rua, e deitou a correr para o lugar onde vira a mulher, mas, onde estava ela? Tinha desaparecido!.

Aí está por que o Norberto é hoje o maior inimigo das paradas.

Aprenda um pouco mais sobre o gênero textual conto aqui: brainly.com.br/tarefa/43203479

#SPJ2

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