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Desafio
A produção da linguagem apresenta grande complexidade. Contudo, o falante não tem noção dos passos que segue, pois, para ele, trata-se de um processo automático. Quando se trata de pensar a linguagem como representação mental, para os processos do pensamento se realizarem, o conhecimento precisa ser codificado e armazenado, o que acontece de algumas formas específicas.
Imagine que você é um professor em uma universidade e precisa escrever um guia sobre questões relacionadas às formas de representação mental. Você precisa explicar para os alunos de uma disciplina inicial de Psicolinguística diferentes maneiras de o cérebro codificar e armazenar os conhecimentos para realizar processos como o raciocínio, o planejamento, a solução de problemas, a formulação de hipóteses: enações, imagens, proposições e traços e protótipos. Você recebe os trechos a seguir para serem usados como exemplos das explicações:

Assim, explique cada uma dessas maneiras com suas palavras e utilize os trechos citados para exemplificá-las, identificando a forma de representação que lhe parece que corresponda a cada conteúdo apresentado.
Soluções para a tarefa
Resposta:
As representações enativas têm relação com as sensações, com a capacidade motora. As imagens mentais permitem que cores, expressões, artes visuais, por exemplo, sejam representadas por imagens na mente humana. As proposições, por sua vez, constituem-se como uma trama de conceitos que se relacionam, sendo representações subjacentes a acontecimentos, como descrições de situações. Os traços ou protótipos são características por meio das quais determinados elementos são agrupados.
O EXEMPLO A relaciona-se à enação, na medida em que se trata da descrição das sensações de uma pessoa.
O EXEMPLO B lembra traços ou protótipos, uma vez que une elementos cuja característica comum é serem veículos.
O EXEMPLO C liga-se às imagens mentais, pois é a descrição de um objeto.
O EXEMPLO D constitui-se de uma série de frases que lembram as proposições.
Resposta: PADRÃO DE REPOSTA ESPERADO.
O diálogo com o neurologista evidencia tratar-se de um indivíduo afásico. A afasia pode ser depreendida não apenas pela causa do distúrbio – ou seja, o derrame (acidente vascular cerebral) mencionado pelo paciente –, mas também pela forma como ele se manifesta por meio da linguagem. A imensa dificuldade, apesar do esforço visivelmente grande, de formular frases completas nos leva a supor que o sujeito, devido ao AVC, tenha sofrido uma lesão em uma parte do cérebro próxima à área de Broca. Assim, a afasia que acometeu o sr. Ford estaria no grupo das afasias ditas emissivas (a afasia de Broca, a mais comum das afasias, é uma delas, e ainda há a de condução e a transcortical motora nesse grupo), o que significa que os maiores prejuízos à fala encontram-se na produção, pois a compreensão está preservada ou é apenas levemente comprometida. Percebe-se que o paciente compreende as perguntas do neurologista, mas não é capaz de produzir uma fala fluente como resposta.
Explicação:
Pergunta: DESAFIO. Distúrbios da linguagem: alterações manifestadas na linguagem falada e escrita e na compreensão...
A produção da linguagem apresenta muita complexidade. Quando esse processo falha, há grandes prejuízos em termos individuais e sociais para o sujeito afetado. Lapsos em nível fonológico, morfossintático ou semântico evidenciam aspectos que revelam desvios específicos.
Imagine que você é um psicolinguista que atua em uma equipe multidisciplinar. Um novo paciente é encaminhado a vocês para que o diagnóstico seja feito. O neurologista da equipe foi quem entrevistou o paciente e narrou o diálogo que teve com ele, que foi o seguinte:
Identifique o distúrbio da linguagem que acometeu o paciente, dizendo suas causas possíveis. Justifique sua posição.