Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que me mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê
1- Identifique o tema do soneto e justifique sua resposta.
Soluções para a tarefa
O tema do soneto apresentado, criado por Luís de Camões, um grande poeta português, disserta sobre o amor.
É possível identificar esse fato por conta das citações diretas que o autor realiza ao tema, como no primeiro e no terceiro parágrafo, mas também por conta do que ele fala acerca do assunto, como o fato de ele parecer arrogante para o eu lírico, mas que o mesmo não tornou o eu lírico desesperançado, pois ele ainda possui esperanças mesmo que tenha passado por desilusões amorosas.
O texto se trata de um soneto, que é uma composição poética sempre formada por quatorze versos, separados em quatro estrofes, onde duas estrofes têm quatro versos e as outras duas estrofes possuem três versos.
As primeiras duas estrofes de um soneto possuem quatro versos, e as duas últimas possuem tês versos. Ou seja, as primeiras estrofes sãos chamadas de quartetos, enquanto as duas últimas estrofes são chamadas de tercetos.
Esse tipo de poema se originou na Itália, e significa "pequena canção", ou melhor, "pequeno som".
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