Bullying e cyberbullying: a tirania revelada em discurso de ódio
O termo bullying tem origem no inglês – bully –, palavra que significa “valentão” e se refere a diferentes
formas de atitudes agressivas, tanto físicas quanto verbais, as quais ocorrem, em geral, motivadas por
preconceito e intolerância. Trata-se de um problema mundial, que pode ocorrer em qualquer contexto – na
escola, na família, no local de trabalho, na universidade, entre vizinhos, em comunidades religiosas, enfim,
onde haja pessoas em interação.
O praticante de bullying é um tirano. Vale-se da fragilidade do indivíduo que não consegue se defender,
causando-lhe dor e angústia; pratica atos de intimidação em uma relação desigual de forças ou de poder.
Nas escolas, entre adolescentes, o bullying é, muitas vezes, velado, ou subestimado. Há uma tendência
de não se admitir que essa forma de agressão ocorra entre estudantes – ou o problema é desconhecido
ou os adultos negam-se a enfrentá-lo. Nesses casos, as vítimas convivem com a violência e, na maioria
das vezes, silenciam-se, com receio de que a situação se agrave. Também se silenciam os espectadores
que testemunham o bullying, com medo de se tornarem as próximas vítimas. Na tirania do agressor,
incluem-se os apelidos pejorativos, a humilhação, as manifestações preconceituosas relativas à etnia, à
classe social, à variante linguística, ao desempenho escolar, às características físicas, entre outros
aspectos.
Na escola, quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente torna-se contaminado por
sentimentos de medo e ansiedade; sem exceção, os estudantes são afetados negativamente, não só pelo
constrangimento imediato, como também por fatores emocionais que podem levar a conseqüências
drásticas, desde a baixa autoestima até o suicídio.
Bullying e Cyberbullying
Não bastassem as agressões presenciais, a internet também tem se tornado palco para a prática do
bullying, principalmente nas redes sociais. O cyberbullying, como é chamado, é um tipo de violência
praticada no espaço virtual para intimidar e hostilizar covardemente indivíduos de diferentes grupos e
classes – estudantes, políticos, professores, pessoas em geral, conhecidas no meio social ou não.
Etimologicamente, o termo cyberbullying é formado a partir da junção da palavra “cyber”, termo de
origem inglesa associado a todo o tipo de comunicação virtual por meio mídias digitais, como a internet, e
“bullying”, ato de intimidar ou humilhar uma pessoa. Assim, quem comete esse tipo de ação é conhecido
como cyberbully – o “valentão virtual” -, que tem a seu favor a possibilidade de anonimato no envio de
mensagens com conteúdos caluniosos e ofensivos, mas que não está livre de ser submetido à legislação e
às punições cabíveis.
Há leis contra a prática de bullying? A Lei Federal no 13.185, de 6 de novembro de 2015, institui o
Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional. No texto da Lei,
estão descritas as ações que caracterizam intimidação sistemática e são também apresentados os
objetivos do Programa. Além disso, o Artigo 5o prevê que “é dever do estabelecimento de ensino, dos
clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e
combate à violência e à intimidação sistemática [...]”.
É fundamental e urgente que a sociedade e suas instituições assumam posições de combate à tirania
do bullying e do cyberbullying. A intimidação tem levado nossos jovens a experimentarem confl itos
interiores e sérias situações de depressão que não só suscitam ou intensifi cam a agressividade como
também podem levar os fragilizados a consequências drásticas, a ponto de colocarem a própria vida em
risco. Madalena Borges-Gutierre
ATIVIDADE
1. Pelo título do texto, é possível identificar qual é o ponto de vista do enunciador sobre o tema
em questão? O desenvolvimento do texto confirma esse ponto de vista? Identifique e destaque
passagens do texto que comprovem sua resposta, no mínimo três argumentos.
2. Observe o último parágrafo do texto. Qual é a proposta de intervenção feita pelo enunciador? O
que se espera da sociedade? Quais são as justificativas para essa proposta?
3.Você classificaria o que ocorre no cyberbullying como discurso de ódio?
4. Você considera esse tipo de comportamento do cyberbullying como liberdade de expressão e
quem o pratica?
5. Qual seria a melhor maneira de proceder em casos como no cyberbullying?
Soluções para a tarefa
01) sim, incluem-se os apelidos pejorativos, a humilhação, as manifestações preconceituosas relativas à etnia, à
classe social, à variante linguística, ao desempenho escolar, às características físicas, entre outros
aspectos.
Na escola, quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente torna-se contaminado por
sentimentos de medo e ansiedade; sem exceção, os estudantes são afetados negativamente, não só pelo
constrangimento imediato, como também por fatores emocionais que podem levar a conseqüências
drásticas, desde a baixa autoestima até o suicídio
02) Que prestam mais atenção no comportamento entre os jovens antes que ações ocorrentes como o billying venha tirar a vida de alguém por Não suportar tanta pressão
03) Sim, porque esse tipo de discarga feita contra uma pessoa por apenas Não gostar ou uma "brincadeira"com descursos que pode abalar o psicológico, um exemplo e o twitter onde podemos observar vários discursos feitos por adolescentes, jovens, adultos onde descarregam palavas ofensivas com intuitos maldosos
04) primeiramente quem usa esse termo para agredir verbalmente outra pessoa já está errado, alem de ser um crime enquadrado juridicamente como calúnia, difamação ou injúria. Por ter consequências danosas às emoções e autoestima de quem é perseguido
05) importante salvar todas as mensagens e imagens ofensivas recebidas e bloquear os contatos. A vítima ou responsável legal deve fazer um boletim de ocorrência com as provas