Brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
― Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
― Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval
Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil, mostrando-a como uma junção de elementos diferentes.
Considerando-se esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é
(A) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo,
apesar de tudo, acaba bem.
(B) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras – portugueses, negros e índios – pouco contribuíram para a formação
da identidade brasileira.
(C) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de
elementos primitivos e pagãos.
(D) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo
com as caravelas.
(E) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade.
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(A) Ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.
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A é verdadeira. O texto expõe uma confusão inicial apontada pelo choque cultural e linguístico entre um nativo e um africano, que, de todo modo, acaba formando uma coesão e uma festa comum, de modo que a confusão "acaba bem".
B é falsa. Não há, no texto, presença direta dos portugueses - e as três raças colaboraram para o trabalho comum.
C é falsa. O texto, que tem tom de humor, não busca construir uma moral, mas demonstrar, de maneira divertida, uma realidade histórica.
D é falsa, não há no texto este tom crítico e preconceituoso.
E é falsa, pois o resultado é o carnaval e a concórdia, não a anarquia.
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