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Ensino fundamental (básico) Português 13+7 pts
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
NOMES DO HORROR
Uma reportagem de Philip Gourevitch na revista New Yorker mostra como, vinte anos depois da guerra de Ruanda, ocorrida em 1994, quando hutus assassinaram 800 mil tutsis em cem dias, ainda é difícil chegar a um consenso sobre como chamar o que aconteceu.
O país discute se a melhor palavra para tanto está na língua local, na língua dos colonizadores, se basta precisão verbal (“gutsemba”, “massacrar”) ou se é preciso a redundância de um neologismo (“gutsembatsemba”, “massacrar radicalmente”) para descrever os atos de uma tragédia absoluta.
Debates semelhantes acompanham qualquer trauma coletivo. Há grupos judaicos que rejeitam a expressão consagrada “holocausto”, com seu caráter sacrificial, de expiação de pecados, em nome da menos ambígua “shoah” (“calamidade”, “aniquilação”). Na Turquia, ainda é tabu usar “genocídio” para a matança armênia iniciada em 1915. No Brasil, dá-se algo semelhante na luta pelo reconhecimento do que foi e é praticado contra comunidades indígenas.
De qualquer forma, são batalhas pequenas dentro de uma guerra longa e difícil, de transmissão da memória para que o horror não se repita. Palavras são a primeira arma das vítimas de tentativas de extermínio, às vezes a única, e é preciso chegar a um modo eficiente – que não se resuma a slogans com vocabulário chancelado – para que elas não traiam a natureza do que se viveu.
Ou seja, é preciso saber narrar. Discursos facilmente se banalizam, tornam-se solenes, sentimentais em excesso, causando o efeito contrário do que pretendem. 1Chegar à sensibilidade do público, causando empatia, desconforto e revolta ativa, o que é objetivo de qualquer militância antiviolência, demanda não apenas reproduzir a verdade dos fatos. 2A mensagem não é nada sem um receptor disposto a entendê-la, por mais pungentes* que sejam as vítimas.
Como isso não é comum, o que ocorreu em 1994 continua sendo apenas um item numa lista atemporal e universal de genocídios, holocaustos, limpezas, extermínios, calamidades, aniquilações, massacres e gutsembatsembas.
Michel Laub
Adaptado de Folha de São Paulo, 09/05/2014.
*pungentes: comoventes
03. A mensagem não é nada sem um receptor disposto a entendê-la, por mais pungentes que sejam as vítimas. (ref. 2)
Reescreva o trecho acima, substituindo o conectivo da parte sublinhada por outro de mesmo sentido e fazendo as adaptações necessárias. Em seguida, aponte o sentido estabelecido pelo conectivo empregado.
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ajuda entender ai por favor
Explicação:
o que isso não entendi
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Não consigo entender nada não¯\_ಠ_ಠ_/¯
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