Português, perguntado por janainaloiola007, 9 meses atrás

Bote um cordel aqui (que quase ninguém usou )

Soluções para a tarefa

Respondido por evelynriane9
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Resposta:

Leitor para ser um homem

Ou uma mulher de verdade

A criatura precisa

Ter no mínimo honestidade

Que é a mãe dos princípios

Morais de uma sociedade.

Hoje em dia é comum

Homem e mulher de mentira.

Nesse verso vou narrar

De onde isto surgira.

Trazer à tona a verdade.

Esta é a minha mira.

Toda a saga tem início

Nas plagas de Portugal

Ainda na construção

Da esquadra de Cabral.

A mentira se escondeu

No porão de uma nau.

Coitada quase morreu

De calor, fome e sede.

Porém aguentou calada,

Encostada na parede.

Pensando:’que bom seria

Se já existisse rede’!

Quando em 1500

Cabral chegou no Brasil

A mentira, de fininho,

Do seu recanto saiu.

Passou pelos tripulantes.

Pulou no mato e sumiu.

A verdade já morava

Nas terras de Pindorama.

Ninguém avisou a ela

Para apagar as chamas

Que a mentira acendia

Em favor de sua trama.

A mentira foi ganhando

Importância no reinado.

Disfarçada de verdade

Tinha todos do seu lado.

Portugueses e indígenas

Por ela foram enganados.

Já a verdade, coitada,

Caiu numa confusão.

Confundida com a mentira

Foi levada à inquisição.

Escapando da fogueira

Exilou-se no sertão.

Por isso que no sertão

Inda hoje tem sofrimento.

Porque a verdade quer

Eleger seu movimento.

Mas a mentira vem antes

E conquista o parlamento.

Com a verdade exilada

A mentira ganha fácil.

Vai abrindo filiais

No país sem embaraço.

Aonde hoje é Brasília

Ela constrói seu palácio.

Nos fundos deste palácio

Ela faz seu cemitério.

Quem foi enterrado lá?

Até hoje é um mistério.

No lugar hoje se encontra

O prédio dos ministérios.

Já em 1700

Com o mundo modernizado

A mentira deicidiu

Abandonar seu reinado.

Em pouco tempo o palácio

Estava arruinado.

Na década de 50,

Coitado de JK!

Inocente escolheu

O mesmíssimo lugar

Que a mentira habitou

Para a Brasília implantar.

Pou um tempo no país

Houve paz e harmonia.

Foram buscar a verdade.

Deram-lhe a anistia.

Pena que a tempestade

Vem depois da calmaria.

Porque a mentira estava

Na Europa passeando

Quando viu numa esquina

Um jornaleiro gritando

Que a capital brasileira

Estaria prosperando.

A mentira ao vir a foto

Conheceu na mesma hora.

Passou um desconhecido

E perguntou: ‘por que chora’?

A mentira disse:’eu

Estou muito triste agora’.

‘Há alguns anos atrás

E morei em um país.

Lá fiz amigos, riqueza,

Aprontei tudo o que quis.

Escolhi um lugar lindo

E ergui uma matriz.’

‘Por estar podre de rica

Resolvi abandonar

O país e me botei

Por este mundo a andar.

Curtir a vida e também

Outro povo atasanar.’

‘Vi agora no jornal

Que minha linda morada,

Construída com suor,

Dela não resta mais nada.

Fizeram uma cidade

Onde ficava a coitada.’

‘Sabe de uma coisa, amigo,

Farei a seguinte trilha:

Vou retornar ao Brasil,

À cidade de Brasilia.

O bom filha a casa torna,

Para rever a família’.

‘Quero de volta o palácio

Porque é meu de direito.

Se eu não for atendida

Levarei tudo no eito.

Dissemino a inverdade.

Todo o país desajeito.’

Ao dizer isto partiu

De trem, rumo aoceano.

Pegou o primeiro navio.

Tracou um único plano:

Ou tinha tudo de volta,

Ou espalharia dano.

Numa tarde de verão

Ela aporta na Bahia.

Vê um Brasil diferente

Daquele que conhecia.

Agradou-se do lugar,

Porém ficar não podia.

Quando chegou em Brasília

Ficou muito emocionada

Ao rever aquelas terras

Que fora sua morada

Cheia de gente vivendo

Em casas modernizadas.

Avistou a Esplanada

Dos Ministérios pomposa.

Disse: ‘não tenho o palácio,

Minha mansão fabulosa.

Mas tenho em seu lugar

Uma construção honrosa’.

'Sabe de uma coisa, amigo,

Não quero a morada antiga.

Vou ficar é nesta nova.

Besteira entrar em briga.

O chalé aqui é grande.

Qualquer quartinho me abriga.’

A mentira se instalou

No prédio da Esplanada

Do Ministérios e até

Hoje lá está plantada.

Vez em quando sai da toca

Pra tomar sol na calçada.

Às vezes ela percorre,

Em excursão, o Brasil.

Depois volta alegremente

Com um olhar infantil

À sua eterna morada.

Tem recepção gentil.

Por isso, caros leitores,

Que temos corrupção.

Não culpe a classe política.

Dê a ela seu perdão.

A culpa é dessa mentira

Em constante tentação.

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