boa tarde pessoal! tudo bem, eu estou precisando urgentemente de um Resumo do texto de Milton Hatoum " Fantasmas de Trótski em Coyoacán "
por favor ajuda please
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Resposta:
Coyoacán é um dos bairros mais vibrantes da Cidade do México. Por curiosidade histórica, entrei no museu quase vazio e comecei a observar fotografias da época em que Trótski viveu em Coyoacán. Perseguido por Stálin, Leon Trótski chegou ao México em janeiro de 1937. Diego Rivera e Frida Kahlo lhe deram abrigo na «casa azul» da rua Londres, no coração de Coyoacán.
Morou nessa casa até maio de 1939, quando se mudou para o número 19 da rua Viena. Dizem que teve um caso amoroso com Frida, que não hesitou em pintar o rosto de Stálin num de seus quadros. O certo é que em 20 de agosto de 1940 foi golpeado mortalmente por Ramón Mercader, cujos codinomes eram Jacques Mornard e Frank Jacson. Há filmes e romances sobre traições, intrigas, calúnias e perseguições que envolveram o covarde assassinato de Trótski.
Durante uma reunião política em Paris, Ramón seduziu a norte-americana Sylvia Agelott, que viria a ser a secretária de Trótski na Cidade do México. Depois Ramón se aproximou dos amigos, da família do exilado e dos guardas que protegiam a casa da rua Viena. Enquanto visitava essa casa, cujo interior é modestíssimo, pensava nas razões que levaram Trótski a confiar em seu assassino. Certamente foi um dos mais hábeis e corajosos líderes comunistas, e não seria inexato dizer que foi cruel no comando do Exército Vermelho.
No exílio imposto por Stálin, Trótski refugiou-se na Turquia, na França e na Noruega antes de se exilar na capital mexicana. Na noite de 24 de maio de 1940, um grupo de stalinistas chefiado pelo artista David Siqueiros invadiu a casa da rua Viena e metralhou o quarto onde Leon e Natasha dormiam. Ambos escaparam desse atentado, planejado por Ramón. De uma torre erguida no quintal, vigias controlavam o movimento nos arredores da casa e a entrada de visitantes.
A água escura do rio Churubusco ainda corria a poucos metros da rua Viena. No pacato pueblo de Coyoacán a vida do exilado tornou-se uma prisão domiciliar. Visitamos a cozinha, a sala, a biblioteca e o jardim, onde o casal Trótski cuidava de uma horta e criava coelhos. Vi a torre dos vigias coberta de musgo e imaginei que na tarde do dia 20 de agosto de 1940 Ramón Mercader, parado na rua Viena, acenara para os guardas.
Dessa vez, Ramón não visitaria sua namorada, e sim Trótski. Fluente em várias línguas e pretenso estudioso de política internacional numa época em que a Espanha e quase toda a Europa estavam em chamas, Ramón persuadira sua vítima a ler ou revisar um ensaio. No final da tarde nublada entramos no escritório, onde Trótski começara a ler o texto de Ramón. Nesse momento o guia, emocionado, apontou o exato lugar onde o assassino erguera a pequena picareta de alpinista e golpeara por trás a cabeça da vítima.
Explicação:
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