Artes, perguntado por liviavitoria3333, 11 meses atrás

Biografia de Ivonne Daumerie??​

Soluções para a tarefa

Respondido por historiadorthiago
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Desde 1966 ela dança nos palcos brasileiros e

internacionais, quase sempre estrelando espetáculos que

são criados para ela. Dança, coreografa, pesquisa, leciona,

monta espetáculos - nunca parou - e realizou notáveis

conquistas. Em sua trajetória sempre interagiu com

artistas e intelectuais que, como ela, posicionaram-se na

vanguarda contemporânea brasileira. Recebeu prêmios,

homenagens, distinções e o reconhecimento de metier. No

entanto o grande público desconhece o seu nome. Nessa

entrevista exclusiva, ela nos coloca diante do seu

pensamento amadurecido nas duras batalhas que os

artistas enfrentam neste país. E nos expõe com rara

sinceridade suas opiniões que nos informam, com

ineditismo, sobre a Dança, sobre a sua obra, e do

distanciamento, a cada dia maior, do povo em relação à

Arte e aos artistas.

- Para Izabel Costa, o que é a Dança?

- Em mim, a Dança surge junto com a Música, em minha alma, e ocupa todo o meu ser; é a

própria essência da vida! Mas se a acepção desejada for a da Dança enquanto Arte numa

definição, digamos, genérica, eu diria que a Dança é todo o fenômeno artístico que tem o

corpo humano como seu instrumento de expressão ou de linguagem. Universalmente podemos

considerá-la em duas vertentes: a oriental e a ocidental. Ainda que esta última seja filha da

primeira, possuem tradições e histórias muito distintas. No Ocidente a Dança sofreu um grande

revés em relação às outras Artes com o advento do cristianismo e a sua demonização pela

igreja católica na Idade Média. Foram quase dois mil anos de proibição da sua manifestação na

Europa e demais regiões dominadas pela fé cristã medieval. Isso, com certeza, retardou sua

evolução entre as Artes no Ocidente.

- Talvez esteja aí motivo de ser pouco estudada e pouco conhecida pela intelectualidade

ocidental?

- Eu creio que persiste um preconceito que conduz a esse desconhecimento. É verdade que a

Dança só começa a participar do grande debate das Artes no século 19, com Noverre e

Auguste Vestris. Mesmo assim, até o início do século 20 a Dança ainda era vista por muitos

como “ornamento de palácios”, arte menor, frescura de nobres decadentes. Isso por que seu

conceito era limitado ao da Dança que hoje chamamos “clássica”, que na verdade é romântica.

Foi Isadora Duncan que abriu suas fronteiras, e com a sabedoria de não desprezar as

conquistas da dança romântica para a estética e a elegância do movimento. Isadora tirou a

Dança da camisa-de-força dos tchu-tchus e das sapatilhas, liberando o corpo humano como

instrumento da sua linguagem e elevando-a à condição de Arte Maior. E o fez buscando-nos

suas raízes pagãs e populares desde a Grécia Antiga, provando-nos que não estavam mortas.

Graça, alegria, dramaturgia emanando diretamente do corpo do dançarino que então passa a ter


liviavitoria3333: Muito obrigado! Deus abençoe!
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