biografia de Carlos Lacerda
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CARLOS Frederico Werneck LACERDA
Deputado Federal nas Legislaturas 1955-1959 e 1959-1963.
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 30 de abril de 1914. Jornalista, escritor e empresário, fundador do jornal Tribuna da Imprensa e da editora Nova Fronteira. Iniciou-se na política como marxista e, em 23 de março de 1935, participou da fundação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), que se propunha ser uma frente popular contra o integralismo, o imperialismo e o latifúndio. Rompeu com o comunismo em 1939, publicando artigo que levou seus ex-correligionários a acusarem-no de traidor. Em 1945, filiou-se à União Democrática Nacional (UDN) e, em 1947, foi eleito Vereador do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, renunciando ao mandato no mesmo ano, em protesto contra a aprovação pelo Senado da diminuição das prerrogativas da Câmara Municipal. Opositor ferrenho do segundo Governo de Getúlio Vargas, foi uma das vítimas (escapou com um ferimento no pé) do Atentado da Toneleros, em 5 de agosto de 1954, o qual desencadeou a crise que levaria Vargas ao suicídio. Eleito Deputado Federal em outubro seguinte com a maior votação do Distrito Federal, participou em 1955 da conspiração que visava impedir a eleição e posse de Juscelino Kubitschek e de seu vice João Goulart na Presidência da República. Na Câmara, foi Líder da UDN (1957-1958) e, após se reeleger, sendo de novo o Deputado mais votado, tornou-se Líder da Minoria (1959), representada pelo bloco UDN e PL (Partido Libertador). Eleito em outubro de 1960 Governador da Guanabara, Estado então recém-criado, renunciou ao mandato parlamentar para assumir o governo estadual (1960-1965), à frente do qual removeu favelas e realizou importantes obras viárias, de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Por diversas vezes, entrou em choque com o Presidente Jânio Quadros (jan.-ago./1961) e fez oposição sistemática a João Goulart (1961-1964). Apoiou o Golpe de 1964 e em novembro, já divergindo dos militares que haviam tomado o poder, lançou-se candidato pela UDN à Presidência da República. Contudo, teve suas pretensões frustradas pelo Ato Institucional no 2 (AI-2), de 27 de outubro de 1965, que acabou com a eleição direta para Presidente da República. Em 1966, com o apoio de Kubitschek e Goulart, que se encontravam exilados, articulou a Frente Ampla, pregando a união das forças políticas democráticas em torno da necessidade de redemocratização do País. Em abril de 1968, a Frente foi banida e, em 14 de dezembro seguinte, um dia após a edição do AI-5, Lacerda foi preso. Conseguiu ser libertado após uma semana de greve de fome, mas daí a poucos dias teve seus direitos políticos suspensos por dez anos. Morreu no Rio de Janeiro em 22 de maio de 1977.
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