Filosofia, perguntado por nataliasouza1505511, 9 meses atrás

Baseado nas principais teorias sobre o homem elabore um texto sobre a situação do homem atual diante da pandemia do corona vírus. *
ME AJUDEM PFV

Soluções para a tarefa

Respondido por hannahodlie25052020
2

Resposta:

Explicação:O primeiro instinto da maioria da pessoas é dizer que a vida é a coisa mais importante e, portanto, não há razão para considerar outra coisa senão tentar salvar a todos a qualquer custo.

Para isso, decidimos colocar em risco os profissionais de saúde, sem dar muito espaço para dúvidas, embora as populações estejam agradecendo muito o serviço prestado por eles.

E, afirmando que "a economia se recupera, os mortos não", em vários lugares o sistema econômico foi amplamente paralisado, com altos níveis de aprovação.

No entanto, quando se fala em economia, nem todo mundo pensa apenas nos prejuízos do mercado de ações, quedas nos preços do petróleo ou no poder de compra dos consumidores

A economia também está ligada à vida e à morte das pessoas, principalmente das populações mais pobres e vulneráveis.

As medidas de isolamento social impostas na maioria dos países vão causar recessão econômica, e as recessões matam. Não matam de uma única doença, nem como parte de um evento dramático como o que estamos vivendo, mas, sim, elas também reduzem a vida de indivíduos, muitos dos quais fazem parte do mesmo grupo vulnerável ao coronavíru

Em lugares, como a América Latina, a recessão não é um risco para o futuro: o isolamento não vai matar as pessoas por causa da escassez de recursos a longo prazo — isso pode acontecer já nos próximos meses.

No final, podemos facilmente acabar sacrificando as pessoas, mas com justificativas diferentes.

Estamos no meio de uma situação em que não há respostas corretas: a única coisa a se aspirar é encontrar a melhor opção, pois a pandemia se encaixa exatamente na definição real de um dilema

Deontologia e utilitarismo

Conscientes ou não, as decisões de alguns líderes mundiais (mas também as nossas) estão alinhadas com um dos principais sistemas de ideias que apoiam os conceitos de certo e errado.

Entre as muitas dicotomias filosóficas, há duas que, à primeira vista, poderiam nos guiar: deontologia ou utilitarismo.

De um modo geral, o primeiro, criado pelo filósofo alemão Immanuel Kant, nos diz que existem regras incondicionais e objetivas — como não matar —, que devemos segui-las independentemente dos resultados em situações particulares.

Já os utilitários postulam que o bem-estar máximo deve ser sempre garantido: o número máximo de pessoas vivas, por exemplo. O que significa, em um exemplo extremo, que poucas devem ser sacrificadas para o bem de muitas

"Como muitas das teorias da ética normativa compartilham o interesse em formular princípios universais sólidos, algo em que se pode se apoiar diante da incerteza, por mais adversa que seja o mundo", diz Rivera

No entanto, você logo se depara com obstáculos.

Matar não é o mesmo que deixar morrer, algo que poderia ser dito sobre a decisão de não dar cuidados intensivos àqueles que precisam?

E se você abandona as altas aspirações dos deontologistas e se apega ao objetivo dos utilitaristas, como é possível calcular quantos serão os sacrificados pelo bem da maioria?

"Acho que parte do que está acontecendo com a pandemia é que estamos fazendo qualquer coisa — lendo compulsivamente, fazendo ioga, mascando folhas de graviola —, qualquer coisa nos dê uma ideia de que o que está ocorrendo tem um ordem e significado", diz Rivera.

Mas as fontes de significado são múltiplas e, como Rivera diz, o que dá sentido ao mundo são coisas que sempre devem estar sujeitas a revisão.

"Tanto a deontologia quanto o utilitarismo oferecem coisas maravilhosas, mas têm limitações."

[...]

Perguntas interessantes