Português, perguntado por MilenaBarb0sa, 7 meses atrás

b) Como vimos, a reportagem tem intuito de informar, mas ao mesmo tempo criar

uma opinião nos leitores. Sabendo disso, qual é a sua opinião em relação aos fatos expostos?


Reportagem:

‘Pra pobre e favelado não existe Justiça’: o drama dos pais de crianças

assassinadas no Rio

A dor que fulminou a família de Rebecca e Emilly — primas assassinadas por um

tiro de fuzil em 4 de dezembro enquanto brincavam em frente de casa, na

comunidade do Barro Vermelho, em Duque de Caxias (RJ) — foi a mesma que

desmoronou sobre Leandro Monteiro de Matos, pai de Vanessa Vitória dos Santos,

morta em julho de 2017, com dez anos, ao ser baleada na cabeça dentro de casa

na região conhecida como Boca do Mato, em Lins de Vasconcelos, bairro da zona

norte do Rio de Janeiro, durante uma operação policial.

Como no caso de Rebecca Beatriz Rodrigues Santos (7 anos) e Emilly Victoria da

Silva Moreira Santos (4 anos), a morte de Vanessa provocou grande comoção,

colocando pressão sobre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro

para esclarecer o caso.

No entanto, mais de três anos depois, ninguém foi punido pelo crime e Matos ainda

não tem resposta sobre os responsáveis por retirar a vida de sua filha

precocemente. Uma demora, diz ele, que torna seu sofrimento ainda pior.

"Eu entreguei na mão de Deus (a resolução do caso). Eu tenho esperança que seja

resolvido, mas não estou muito confiante porque, infelizmente, pra pobre e favelado

não existe Justiça", afirmou à BBC News Brasil.

"A verdade é que o Ministério Público eu não sei nem pra que serve", disse também,

ao criticar o que vê como falta de vontade da instituição para investigar o caso.

[...]

"Eu fico muito triste com isso (a morte das duas primas). Porque se lá atrás, quando

eu pedi (por punição), se tivessem feito o que eu tava pedindo, e que outros pediram

antes de mim, teria evitado de acontecer", lamenta ele.

"Eu sou criado em comunidade. Infelizmente, veio a acontecer com minha filha,

mas já vi acontecer com várias outras pessoas e ninguém saber (quem são os

culpados). O parente vai, faz o sepultamento do parente falecido, e acabou",

revolta-se.

Vanessa foi baleada ao chegar em casa da escola, numa tarde de terça-feira, 4 de

julho de 2017. Segundo parentes que estavam presentes, policiais militares da

Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista-Méier invadiram a residência

para atirar contra traficantes. Um inquérito da Polícia Civil investiga o caso, mas até

hoje não foi concluído.


O abandono do caso de Vanessa não é exceção no Rio de Janeiro, Estado que

resolve apenas 11% dos casos de homicídio, segundo a edição deste ano do

estudo Onde mora a impunidade, da organização Sou da Paz, que analisou

homicídios ocorridos em 2017 e esclarecidos até dezembro de 2018.

Ou seja, no Rio de Janeiro, a cada cem assassinatos no ano da morte de Vanessa,

apenas onze haviam gerado uma denúncia criminal pelo Ministério Público até o

fim do ano seguinte — o pior resultado entre onze estados que disponibilizaram

dados para o estudo (AC, DF, ES, MT, MS, PA, PE, RJ, RO, SC, SP).

No entanto, mesmo os casos em que há denúncia criminal costumam se arrastar

na Justiça, aumentando a insatisfação das famílias, disse à BBC News Brasil o

defensor público Fábio Amado, coordenador do Núcleo de Direitos Humanos da

Defensoria do Rio.

"Essa demora faz perdurar o luto, o sofrimento das famílias. A Justiça precisa ser,

claro, eficiente, correta, mas tem que ser rápida também. Porque, quando ela

demora demais, faz nascer dentro das famílias um sentimento de injustiça", nota

ele.

Segundo Amado, a Defensoria dá suporte às famílias tanto em ações civis, que

buscam reparação com apoio psicológico e reparação financeira, quanto nos

processos criminais. Ele diz, porém, que a maioria busca a punição penal.

"Em regra, a família tem mais interesse na esfera criminal. O sentimento de justiça

caminha muito por uma responsabilização criminal do autor ou autores dos

disparos", ressalta.

Soluções para a tarefa

Respondido por dilmaa442
135

Resposta: Os casos de homicídio poderiam ter uma porcentagem maior de casos resolvidos e a demora que leva somente para que eles comecem a investigar o caso, é agoniante e nenhuma família deveria passar por isso

Explicação:

Respondido por polianafferreira
0

Diante da reportagem, minha opinião é que é inaceitável que apenas 11% dos casos de homicídio sejam resolvidos pelo estado do Rio de Janeiro.  O numero de denúncias criminais geradas pelo Ministério Público deve não só aumentar, mas ter soluções rápidas.

Questão pessoal, use a resposta apenas como modelo.

Justiça deve ser eficiente

É preciso que a justiça seja eficiente e que o Ministério Público respeite as famílias que perderam alguém vítima de um crime. Como se já não bastasse a dor do luto, os familiares ainda precisam ficar correndo atrás para que os culpados sejam identificados e paguem pelo crime cometido, esse papel é do estado.

A justiça deve ser para todos, independente da classe social.

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Anexos:
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