Atualmente o que torna o mundo cada vez mais simbólico?
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Resposta:
O ser humano, diversamente dos demais seres vivos, não só é capaz de conhecer o universo, abrindo-se ao “infinitamente grande, ao infinitamente pequeno e ao infinitamente complexo”, ou seja, adentrando os limites da dimensão cósmica, da composição atômica e do código genético, mas também se habilita a construir um mundo próprio, que é conhecido como simbólico. Já não se trata do mundo real ou físico. Prescinde totalmente da matéria. Este novo mundo é invisível, porque totalmente imaterial. É o mundo das ciências, um tanto parecido com o mundo das ideias de Platão.
Mesmo que trate da matéria e tente explicar suas propriedades, o mundo das ciências é feito de conceitos. Prescinde da matéria. Representa o universo através de símbolos e de fórmulas. Avançando cada vez mais neste campo, chega ao momento de reduzir a matéria à energia. Desaparece a propriedade por assim dizer material, para dar lugar aos elementos que a compõem, feitos de quase nada.
Quando Copérnico tirou a firmeza da Terra de debaixo dos pés, mostrando que ela gira em torno do sol e não poderia ser considerada como ponto estável e central do universo, parecia que a própria segurança se esgotara. É que, até então, os homens, por assim dizer, acreditavam mais na Terra, como elemento material consistente, que na energia e nas leis que a regem. Quando, alguns séculos depois, os físicos penetraram no átomo e se desenvolveu a física quântica, os materialistas sentiram abrir-se um fosso debaixo de seus pés. A matéria, na qual pia e cegamente acreditavam, e que consideravam o fundamento para toda a evolução, se volatilizava na energia atômica e na labilidade dos elementos. Quando, por fim, os biólogos decodificaram o código genético, novamente se sentiu um frêmito de pavor. Os que acreditavam na vida, como uma consistência indevassável, começaram a temer o vazio de uma genética sem consistência.
Com as ciências, o homem criou, na sua cultura, primeiramente, um mundo astrofísico, que denominou de “universo em expansão”; depois um mundo microfísico, que se tornou conhecido como nuclear, a partir do momento em que verificou que o átomo não constitui a menor parcela da matéria; e, por fim, criou o mundo da genética, com a proposta de sua decodificação.
Mudou algo do mundo criado por Deus? Absolutamente nada. É que nós não o conhecíamos. Mudou apenas o mundo que nós criamos, com nossa cultura. Então se pergunta: teme-se o mundo de Deus ou o mundo dos homens? O mundo de Deus é real, o que equivale a dizer que atinge a existência. Opõe-se ao nada. Por isso é algo. Este “ser” tem sua razão. Falamos, por isso, de criação. Ali entra Deus. Dá a razão de sua existência e, consequentemente, afirma seu sentido. A criação retrata o poder divino de criar do nada. Não se limita apenas às transformações ou aos aperfeiçoamentos.
O mundo do homem é simbólico. Apresenta conceitualmente a realidade. Mas não é a realidade. Por isso a filosofia insiste na diferença entre o que se conhece – e aí todos os cientistas como também os filósofos realistas professam que suas teorias retratam a realidade – e o modo de conhecer. Este é exclusivamente nosso. Não pode ser atribuído à realidade. De fato, conhecemos por abstração. Hoje se fala de perspectividade, de ponto de vista.
Explicação:
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