Geografia, perguntado por annymoura232019, 9 meses atrás

atravessia para a ilha de kilwal kisiwani como foi​

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Respondido por almeidavivimancio
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Resposta:

Antecedentes

As ilhas de Quilua Quisiuani (Quíloa, na História de Portugal) e de Songo Mnara parecem ter sido ocupadas no século IX, provavelmente por populações swahili. Nessa época, um chefe da ilha de Quilua Quisiuani vendeu-a a um mercador árabe chamado Ali ibne Haçane, fundador da Dinastia Xiraz. Entre os séculos XI e XV, os seus descendentes nelas estabeleceram o mais poderoso centro comercial da África Oriental. No século XIII, os seus chefes dominavam todos os centros comerciais da costa africana, desde a ilha de Pemba, a norte, até Sofala, no sul.

O mundo ocidental ficou a conhecer Quilua através dos escritos do geógrafo marroquino ibne Batuta, que a visitou em 1331. Ele ficou extasiado pela "beleza da grande cidade, com edifícios construídos de pedra de coral, normalmente com um único piso e pequenos compartimentos separados por maciças paredes e com telhados formados de placas da mesma pedra, suportados pelas paredes e por estacas de mangal." Mas também encontrou "estruturas formidáveis de vários pisos e algumas belamente ornamentadas com pedra esculpida nas entradas, tapeçarias e nichos cobrindo as paredes e o chão com carpetes... Claro que estas eram as casas dos ricos, porque os pobres viviam em casas de palha, vestiam-se apenas com um pano sobre as ancas e comiam apenas papas de milho..."

A presença portuguesa

Em 1500, a caminho da Índia, o português Pedro Álvares Cabral também visitou Quilua e referiu-se às belas casas de coral e seus terraços, pertencentes a "mouros negros", o que atraiu a atenção dos portugueses. Com a presença destes na região, a fortuna de Quilua mudou radicalmente: Vasco da Gama invadiu a ilha em 1502 tornando-a tributária de Portugal. Como o sultão cessasse de pagar o seu tributo, em 24 de julho de 1505, as forças de D. Francisco de Almeida, primeiro Vice-rei do Estado Português da Índia, conquistaram-na e iniciaram a construção da primeira fortificação portuguesa de pedra e cal na África Oriental

O Forte de Quíloa

A construção do forte português em Quíloa iniciou-se no dia subsequente à conquista (25 de julho de 1505), tendo as obras ficado a cargo do mestre de pedraria Tomás Fernandes.[3] Tinha como função proporcionar abrigo aos passageiros das naus da Carreira da Índia que demandavam aquele porto e, acessoriamente, a de defesa contra eventuais inimigos.

Embora tenha sido a primeira fortificação de vulto a ser erguida na costa oriental africana, teve curta existência. De manutenção dispendiosa, gerando recursos insuficientes para a aquisição de especiarias no Oriente pela Coroa portuguesa, foi abandonada em 1512, concentrando-se as suas funções na Torre Velha de Moçambique.

D. Francisco de Almeida, em carta a Manuel I de Portugal descreve a fortificação então construída como:

"huuma fortaleza que se podesse ser compraria por anos de minha vida, vee la Vossa alteza porque he tam forte que se esperara

nela el rei de França e tem apousemtamento de muito boas casas pera duas tamta gente e desenbarquon os batees as pipas por huuma esquada de seis degraaos demtro no baluarte que he o mais forte da casa."[4]

É ainda descrita, por outras fontes:

"(...) que havia de ter a fortaleza em quadra, que per quadra tinha sessenta braças, e em hum canto pera a banda da cidade huma torre quadrada, sobradada com o andar do muro (...) toda a obra em roda se fazia com outra torre quadrada per a banda da baya, em que a terra fazia uma ponta, e na torre a porta pera o mar, e nas casas dentro mandou alevantar a torre de menagem, de dous sobrados fortes, com janelas pera todas as partes, de que podia jogar artilharia."[5]

Em setembro de 1506, um grupo de pedreiros portugueses e quatro pedreiros "mouros" "acabaram de cerrar hos muros de dentro" e a "torre de sobola porta do baluarte", encontrando-se a fortaleza equipada, em fevereiro de 1507, com 73 armas de fogo, quantidade expressiva à época.

No início da década de 1960, o arqueólogo britânico Neville Chittick conduziu uma campanha de prospecção arqueológica de um forte de menores dimensões, identificado como de origem portuguesa (conhecido como "Gereza"), reconhecendo-lhe características da arquitetura militar árabe e periodizando-o do século XIX[7] o que, modernamente é questionado, sendo proposta uma datação alternativa do século XVIII. Esta estrutura apresenta planta na forma de um quadrado com 20 metros de lado, e duas torres nos vértices opostos, de bases maciças e sem aberturas para o tiro senão nos pisos superiores.

Explicação:

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