Sociologia, perguntado por juliacavalheiro2014, 9 meses atrás

atos de protesto e reivindicações são importantes? podem de alguma maneira promover mudanças? justifique ​

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Respondido por marinasouza00
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A internet é vista por alguns como ambiente de descontração, entretenimento ou até mesmo de trabalho, mas de poucos anos para cá vem se tornando um espaço de difusão de informações para manifestantes se organizarem. Aqui discutimos como o uso das redes sociais beneficiaram diversos protestos pelo mundo e pelo Brasil.

O Brasil vive um momento de instabilidade política como jamais vista antes. Contribuiu para esse fato não só a crise econômica, mas também a crise das instituições políticas. Nesse contexto, a população vem ganhando destaque ao promover as mais diversas mobilizações de apoio ou protesto às decorrentes tentativas de retomada do antigo equilíbrio alcançado pelo país. Com o amplo uso das redes sociais, como Twitter e Facebook, a divulgação de notícias e eventos relacionados a esse fenômeno fez com que o interesse e a aderência nas mobilizações crescessem.

Dados da TIC Domicílios, pesquisa que mede o uso, o acesso, a posse e os hábitos da população em relação às tecnologias da informação e comunicação, mostram que mais de 102 milhões de brasileiros usam a Internet, representando cerca de 58% da população [1]. Com esse número expressivo é possível imaginar o impacto que o acesso à Internet vem causando na vida do brasileiro, especialmente em relação às redes sociais. Mais da metade da população tem oportunidade de participar desse ambiente tão vasto e repleto de oportunidades. O Brasil é o país que mais usa as redes sociais na América Latina, com ênfase ao Facebook: 95% dos brasileiros que possuem alguma rede social estão no Faceboo.

Esses dados motivam uma reflexão sobre como a Internet pode afetar a vida de nosso país e mudar nossas formas de relacionamento, servindo como um possível ponto de partida para futuras mudanças. Dado o tamanho do Brasil na Internet e seu enorme potencial, a reconstrução pós-crise pode ser iniciada por meio de discussões no meio digital, ou partindo deste para o real.

O CIBERESPAÇO

Segundo Leonardo Sakamoto [3], as “tecnologias de informação e comunicação, sobretudo as redes sociais da Internet, não são apenas ferramentas de descrição, mas sim de construção e reconstrução da realidade. Quando alguém atua por meio de uma dessas redes, não está simplesmente reportando, mas também inventando, articulando, mudando. Isto, aos poucos, altera também a maneira de se fazer política e as formas de participação social”.

O ciberespaço [4] surge como um espaço ocupado por diversos tipos de sujeitos altamente heterogêneos e multifacetados, capazes de utilizar as ferramentas disponíveis pela tecnologia para uma mobilização e organização de tamanho e intensidade antes nunca vista. E é justamente esse veículo que mais se aproxima da ideia da liberdade plena, permitindo a esse sujeitos emitir sua opinião e interagir com outros grupos de forma facilitada. Então abre-se uma brecha para aqueles que não se sentem representados pelo modelo tradicional de comunicação vertical, já que no ciberespaço todas as culturas, disciplinas e discussões se entrelaçam.

O ciberativismo aparece então como uma forma de aproveitar esses recursos como um mecanismo de mobilização e enfrentamento político, social e cultural.  Vegh [5] conceitua ciberativismo como a utilização da Internet por movimentos politicamente motivados. Para o autor, o ativismo digital possui três categorias de atuação: a primeira está relacionada com a conscientização e promoção de uma causa, com a difusão de informações e eventos quebrando o bloqueio dos meios de comunicação tradicionais hegemônicos, agindo como meio alternativo de informação; a segunda envolve a organização e mobilização a partir do uso da Internet, tendo em vista uma determinada ação; e a terceira é a da ação e reação, com o chamado hacktivismo ou ativismo hacker, que engloba vários tipos de ações, como apoio on-line, invasão ou congestionamento de sites.

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