♡ Atividades
Observe o seguinte parágrafo para responder às questões
de 1 a 3.
O ex-prefeito de Juiz de Fora Carlos Alberto Bejani é
mesmo um fenômeno. Em pleno Brasil do ano de 2008,
onde tão pouca gente chega a se meter em algum proble-
ma mais sério, de verdade, por cometer atos de delinquên-
cia na vida pública, ele conseguiu ser preso duas vezes se-
guidas, entre abril e junho. Para começar, deixou-se pegar
em flagrante, naquele tipo de cena que hoje em dia se tor-
nou um clássico da nossa política: recebendo pacotes de
dinheiro vivo, em valor um pouco acima de 1,1 milhão de
reais, numa gravação com imagem e som. Ficou 14 dias na
cadeia e foi solto, como acontece sempre: e, como acon-
tece sempre, tudo deveria ir acabando por aí. Neste caso,
porém, nem mesmo a incomparável proteção que as leis
e a justiça brasileira oferecem a gente como o ex-prefeito
foi suficiente para mantê-lo solto. O documento que ele
apresentou para justificar a origem do dinheiro - a já tradi-
cional venda de uma "fazenda", variante da venda de bois,
cavalos etc. - foi considerado falso. Diante de sua absoluta
falta de cuidado com o que dizia enquanto era gravado,
ficou claro que o dinheiro lhe fora entregue em troca da
concessão de diversos aumentos no preço das passagens
municipais de ônibus. Contra todas as expectativas, o ho-
mem teve de voltar ao presídio.
GUZZO, J. R. Agravo x embargo. Veja, 25 jun. 2008.
1. (Ufac) Quando o autor nos fala da apresentação do documento
como defesa do ex-prefeito, abrindo um travessão a seguir
a já tradicional venda de uma "fazenda", variante da venda
de bois, cavalos etc.), este recurso enfatiza um aspecto:
a) que se tornou comum para que muitos políticos contra-
ventores possam justificar o seu enriquecimento ilícito.
b) que fundamenta a verdade por trás dos fatos.
c) que no contexto apresentado não tem uma serventia
estilística efetiva.
d) que esvazia a força argumentativa do autor ao ironizar
a forma de defesa do ex-prefeito.
e) que redireciona o argumento sem efetivamente alcan-
çar o efeito desejado.
2. (Ufac) O autor do artigo estabelece, logo no início do
texto, uma qualidade de exceção ao ex-prefeito de
Juiz de Fora. Como estratégica de construção do
artigo, a palavra “fenômeno” ganha um sentido
irônico ao longo do próprio parágrafo que acaba nos
revelando:
a) o comprometimento do autor do artigo com a
eficiência das nossas leis penais já demonstrada
em outras ocasiões com relação aos políticos
contraventores.
b) a necessidade de se abrir brechas maiores nos
códigos penais a fim de facilitar a argumentação
de defesa dos políticos contraventores.
c) a obrigatória condição de surpresa dos leitores
diante das contravenções dos maus políticos.
d) a falta de escrúpulos de alguns políticos como
algo que vai além de qualquer expectativa.
e) a imensa capacidade de imaginação dos políticos
contraventores para se livrar das detenções.
3. (Ufac) O autor utiliza um recurso de repetição no meio
do parágrafo (como acontece sempre) que enfatiza
um aspecto importante para o reforço da idéia a ser
desenvolvida. Isso demonstra, na seqüência, que ele:
a) confia extremamente na justiça brasileira.
b) estabelece uma posição otimista de mudança do
panorama judiciário brasileiro.
c) considera irrepreensível a conduta do ex-prefeito
em relação a sua posição de defesa.
d) não considera improvável que o ex-prefeito
possa deixar de provar a sua inocência.
e) desconfia da capacidade do ex-prefeito de
compreender os mecanismos de funcionamento
do nosso judiciário para se safar.
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
não entendi tá tudo junto
Explicação:
pois não tem esplicacao
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