Atividade Navio NegreiroCastro Alves Parte 1Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali! .....................................................Parte 2Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!... São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . . .....................................................Parte 3Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
Nas roscas da escravidão1. Que elementos da natureza compõem o cenário descrito pelo poeta? 2. A parte 2 começa com uma invocação ( um chamado). Quem o poeta invoca (chama)? 3. O poeta encontra resposta ao seu chamado? Justifique com versos do texto. 4. Quem são os desgraçados que o poeta cita no texto? Comprove com verso do texto. 5. Explique o penúltimo verso do poema “Nem são livres pra morrer” 6.Esse poema de Castro Alves é um exemplo de Literatura engajada, ou seja, literatura a serviço de uma causa. O poeta tenta sensibilizar as pessoas para o drama que representava a escravidão.a)O que você acha: a arte (música, cinema, teatro, etc.) é um meio eficaz para denunciar problemas sociais? Justifique.b) Cite uma ocorrência de arte que denuncia um problema social.
Soluções para a tarefa
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1. grandes ondas (vagas), noite, mar, céus, tempestades, estrelas, tufão, campo
2. Invoca a Deus
3. Não!
"Deus, Ó Deus, onde estás que não me respondes?"
4. os escravos
"Hoje míseros escravos"
5. Estão acorrentados ao triste destino da escravidão, não os deixam morrer em paz.
6. Sim, novelas que tratam de problemas sociais como as mães que procuram seus filhos desaparecidos; filmes que tratam de preconceito racial, escolha sexual, além de quadros como Guerra de Guernica de Salvador Dali etc.
2. Invoca a Deus
3. Não!
"Deus, Ó Deus, onde estás que não me respondes?"
4. os escravos
"Hoje míseros escravos"
5. Estão acorrentados ao triste destino da escravidão, não os deixam morrer em paz.
6. Sim, novelas que tratam de problemas sociais como as mães que procuram seus filhos desaparecidos; filmes que tratam de preconceito racial, escolha sexual, além de quadros como Guerra de Guernica de Salvador Dali etc.
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