Artes, perguntado por kevenalexandre403, 5 meses atrás

ATIVIDADE 4- O que a união da música com a
dança pode gerar no indivíduo?​

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Respondido por luizgabriel2737x
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Resposta:

Quando escutamos música, especialmente as que gostamos, temos muitas vezes a vontade ou o impulso quase que insconsciente de nos movimentarmos junto com o seu andamento. Balançamos nossa cabeça, batemos com os pés no chão, estalamos nossos dedos ou percutimos as palmas de nossas mãos, o que nos dá uma agradável sensação de imersão, pertinência e empatia com aquilo que ouvimos. Não sentimos ou fazemos o mesmo quando escutamos outras formas de comunicação não musical, mesmo que a consideremos aprazível, como um discurso inflamado ou uma comovente poesia. A música se distingue dessas outras formas de comunicação sonora por criar uma empatia gestual com o ouvinte. Diversas linguagens e comunidades primordiais, como a nação indígena norte americana Niitsítapi (também conhecidos como Blackfoot), os falantes da linguagem Tok Pisin, da Papua-Nova Guiné, ou os grupos indígenas Suiás, no Norte do Mato Grosso, não possuem palavras distintas para se referirem apenas à música ou apenas à dança. Para estes, música e dança fazem parte de um único e indissociável conceito.Vemos que este fenômeno é particularmente presente nos gêneros musicais populares, como é o caso do: dance, rock, reggae, country, polka, valsa, samba, baião, fandango ou mesmo o tango, que apesar de ter se distanciado dos instrumentos percussivos na formação de suas orquestras típicas (conforme descrito anteriormente) tem uma estrutura particularmente elaborada e elegante de gestos complexos e sutis, sincronizados entre os pares, que compõem esta tão apreciada forma de dança. Gêneros musicais eruditos, ou mesmo os que se encontram nesta fronteira, tendem a se distanciar ou a promover a contenção desta gestualidade espontânea, como é o caso do: jazz, choro, a chamada “música clássica” e os gêneros contemporâneos, atonais e postonais. É como se, para estes,a associaçãoentre música e dançapromovesse uma imersão afetiva do ouvinte à paisagem musicalque o distancia de uma abordagem mais racional e analítica,impedindo-o de apreciar osdetalhes mais sutis e delicados de uma obra composicional, como a sua elaborada linha melódica, a sua complexidade poliritmica ou mesmo a sua intrincada harmonia, as quais só são possíveis de serempercebidas e assim apreciadas através de uma escuta racional,reduzida,distanciada de paixões basais advindas da dança e do gesto sincronizado com experiência musical.Tem-se assim uma tênuelinha que separa a apreciação musical, de uma estado mais afetivo einconsciente para um estado mais elaborado e consciente. Ambos podem trazer grande satisfação

Explicação:

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