Atitude
Minha esperança perdeu seu nome...
Fechei meu sonho, para chamá-la.
A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala. O último passo do destino parará sem forma funesta, e a noite oscilará como um dourado sino derramando flores de festa. Meus olhos estarão sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes. E um campo de estrelas irá brotando atrás das lembranças ardentes.
Cecília Meireles. Obra Poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. p. 105.
A poesia apresentada pertence a uma das maiores representantes do Modernismo brasileiro, Cecília Meireles. No entanto, a partir das peculiaridades estruturais e estilísticas, associa-se o texto ao Simbolismo principalmente porque
A há ausência de eu lírico.
B há predomínio de temática egocêntrica.
C há musicalidade nos versos.
D há teor impessoal.
E ) há caráter materialista
Soluções para a tarefa
Resposta: C
Explicação: Tem essas rimas no final, esse toque de musicalidade.
Há elementos do simbolismo no poema de Cecília Meireles que se caracterizam por ter musicalidade nos versos (C).
Trechos como: "Fechei meu sonho, para chamá-la.
A tristeza transfigurou-me como o luar que entra numa sala".
(...)
"Meus olhos estarão sobre espelhos, pensando nos caminhos que existem dentro das coisas transparentes.
E um campo de estrelas irá brotando atrás das lembranças ardentes".
As palavras "chamá-la" e "sala" rimam, assim como "transparentes" e "ardentes", criando uma conotação de musicalidade entre os versos.
O movimento artístico e literário do SIMBOLISMO representa o pessimismo e grande uso da figura de linguagem.
Simbolismo foi originado do livro de Charles Baudelaire chamado "As flores do mal". Nesta obra, o autor adquirida uma literatura que parte do inconsciente do sujeito e diz que a estética não tem compromisso com a verdade.
Suas características são o extremo pessimismo e sofrimento, rejeição ao positivismo e ao cartesianismo, linguagem acessível, uso de sinestesias e musicalização nos poemas e a valorização do misticismo.
Alguns autores simbolistas são: Cruz e Souza, Eugênio de Castro e Camilo Pessanha.
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