Atente-se ao poema.
A máquina do tempo
A máquina do tempo nos tritura?
Ao mesmo tempo cria imagens novas.
Renascemos em cada criatura
que nos traz do infinito as boas novas.
(ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia errante. Rio de Janeiro: Record, 1988.)
Considera-se complemento verbal o elemento necessário para que um verbo possa expressar completamente seu sentido. No poema de Carlos Drummond de Andrade, observamos a utilização de alguns verbos que são essenciais para a produção de sentido. Sobre esses verbos podemos afirmar que
A: entre os verbos “tritura” e “cria” há uma relação de oposição que não se expressa pela transitividade verbal, uma vez que ambos são transitivos.
B: o verbo “renascemos” é flexionado na 3ª pessoa do plural de maneira a incluir os interlocutores e é complementado por “em cada criatura”, de maneira a demonstrar onde todos nós renascemos.
C: os complementos “as boas novas” e “imagens novas”, embora tenham entre si uma relação de consequência, estão ambos ligados a verbos intransitivos.
D: o eu-lírico inicia seu poema com uma pergunta retórica, uma vez que não espera resposta para tal indagação, tal fato também se expressa pelo predomínio de verbos intransitivos ao longo dos versos.
E: existe uma relação de sofrimento expressa pela oposição entre os verbos “tritura” e “criatura”, tal relação se explícita pela análise da transitividade, uma vez que o complemento do verbo “tritura” é a própria “criatura”.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
C
Foi mal não sei explicar o pq... ;-;
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Resposta:
Letra A
Explicação:
Letra A.
Embora a máquina do tempo tenha um aspecto destruidor (triturar), ela também, em oposição, apresenta um aspecto criador (criar). Ao analisar a transitividade de tais verbos, notamos que ambos são transitivos, sendo seus complementos, respectivamente: “nos” e “imagens novas”.
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