Até o século XIX, a atividade industrial não era muito significativa no Brasil. O café era o principal produto da economia nacional.
De 1830 a 1929, a expansão da atividade cafeeira assumiu importância crescente no desenvolvimento industrial, especialmente das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Parte do lucro obtido com as exportações do café foi investida na importação de máquinas, na instalação das primeiras fábricas e na infraestrutura de transportes.
No início do século XX, a economia mundial enfrentou graves períodos de crise que afetaram a produção de café no Brasil, a exportação do produto diminuiu bastante, causando prejuízos aos produtores. Aos poucos, essa atividade econômica foi se tornando cada vez menos lucrativa.
Além dos lucros obtidos com a produção de café, as duas guerras mundiais ocorridas o século XX (1914-1918 e 1939-1945) impulsionaram a industrialização no Brasil. Com a queda na produção industrial dos países envolvidos nos conflitos, muitos produtos começaram a faltar nas prateleiras brasileiras, e a solução foi produzir internamente o que antes era importado. Essa situação contribuiu para o desenvolvimento da atividade industrial no país.
Outro período de grande crescimento industrial ocorreu durante o governo de Juscelino Kubitschek (1856-1960), que ofereceu vantagens para a instalação de indústrias no Brasil. As primeiras industrias a se instalar foram as automobilísticas. [...]
a) De acordo com o texto, qual foi à importância da produção cafeeira para o desenvolvimento da industrialização do Brasil?
Parte do lucro obtido com as exportações do café foi investida na importação de máquinas, na instalação das primeiras fábricas e na infraestrutura de transportes.
b) De que forma o governo daquela época influenciou as novas indústrias a se instalarem no Brasil?
c) Quais foram as primeiras indústrias a se instalarem no Brasil?
Soluções para a tarefa
Resposta:O café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da República Velha.
As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará. A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.
Entretanto, sua produção em escala comercial para exportação ganhou força apenas no início do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.
O consumo de café no continente europeu e no norte da América ocorreu após a planta percorrer, desde a Antiguidade, um trajeto que a levou das planícies etíopes africanas até as mesas e xícaras dos países industrializados do século XIX. Mas para isso foi necessária uma expansão de seu consumo pelo Império Árabe e pelo mundo islâmico, sendo posteriormente apresentada aos europeus, que tornaram seu consumo mais expressivo por volta do século XVII.
A produção do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba, que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao sistema plantation, caracterizado basicamente pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo em grandes latifúndios.
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