Assinale quais itens descrevem os problemas causados pela insistente chuva.
a) ( ) As águas do rio começavam a subir e a invadir as margens.
b) ( ) Como não havia árvores, o terreno desmoronava e aumentava a erosão.
c) ( ) Doenças eram transmitidas para a população daquele local.
d) ( ) Barrancos despencavam e árvores eram arrancadas pela força da correnteza.
Texto: A criatura
A tempestade tornava a noite ainda mais escura e assustadora. Raios riscavam o céu de
chumbo e a luz azulada dos relâmpagos iluminava o vale solitário, penetrando entre as árvores
da floresta espessa. Os trovões retumbavam como súbitos tiros de canhão, interrompendo o
silêncio do cenário [...].
Alimentadas pela chuva insistente, as águas do rio começavam a subir e a invadir as
margens, carregando tudo o que encontravam no caminho. Barrancos despencavam e árvores
eram arrancadas pela força da correnteza, enquanto o rio se misturava ao resto como se tudo
fosse uma coisa só. Mas algo... ou alguém... ainda resistia.
Agarrado desesperadamente a um tronco grosso que as águas levavam rio abaixo, um
garoto exausto e ferido lutava para se manter consciente e ter alguma chance de sobreviver.
Volta e meia seus braços escorregavam e ele quase afundava, mas logo ganhava novas forças,
erguia a cabeça e tentava inutilmente dirigir o tronco para uma das margens.
De repente, no período de silêncio que se seguia a cada trovão, ele começou a ouvir um
barulho inquietante, que ficava mais e mais próximo. Uma fumaça esquisita se erguia à frente,
e ele então compreendeu: era uma cachoeira! [...] Num pulo desesperado, agarrou o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto
da margem e soltou o tronco flutuante, que seguiu seu caminho até a beira do precipício e nele
mergulhou descontrolado.
A tempestade prosseguia e cegava o garoto, o rio continuava seu curso feroz e a cachoeira
rosnava bem perto de onde ele estava. De repente, percebeu que a distância entre uma das
margens e o galho em que se pendurava talvez pudesse ser vencida com um pulo. Deu um
jeito de se livrar da camisa molhada, que colava em seu corpo e tolhia seus movimentos.
Respirou fundo para tomar coragem.
Se errasse o pulo, seria engolido pela queda-d’água... mas, se acertasse, estaria a salvo.
Viu que não tinha outra saída e resolveu tentar. Tomou impulso e [...] conseguiu alcançar a
margem. [...]
Ficou de pé meio vacilante e examinou o lugar em torno, tentando decidir para que lado ir.
Foi quando ouviu um rugido horrível, que parecia vir de bem perto. Correu para o lado oposto,
mas não foi longe. Logo se viu encurralado em frente a um penhasco gigantesco, que barrava
sua passagem. O rugido se aproximava cada vez mais.
Estava sem saída. De um lado, o penhasco intransponível; de outro, uma fera esfomeada
que o cercava pronta para atacar. Então, viu um buraco no paredão de pedra e se meteu dentro
dele com rapidez. A fera o seguiu até a entrada da caverna, mas foi surpreendida. Com uma
pedra grande que achou na porta da gruta, o garoto golpeou a cabeça do animal com toda a
força que pôde e a fera cambaleou até cair, desacordada.
Já fora da caverna, ele examinou o penhasco que teria que atravessar antes que o bicho
voltasse a si. [...]
Foi quando uma águia enorme passou voando bem baixo e o garoto a agarrou pelos pés,
alçando voo com ela. Vendo-se no ar, olhou para baixo, horrorizado. Se caísse, não ia sobrar
pedaço. Segurou com firmeza as compridas garras do pássaro e atravessou para o outro lado
do penhasco.
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Resposta:
a) (X ) As águas do rio começavam a subir e a invadir as margens.
Explicação:
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