aspectos da vida cotidiana na época feudal
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Na sociedade feudal, o clero e os nobres constituíam-se no setor dominante. Os nobres orgulhavam-se da vida que levavam, dedicada às batalhas, torneios e caçadas. Dentro de seus feudos garantiam sua autonomia inclusive em relação aos reis. Já os servos passavam a vida de maneira radicalmente diversa, trabalhando o dia inteiro na época da colheita, pouco conservando para si e para sua família do produto do seu trabalho.
A VIDA DOS NOBRES: BATALHAS, TORNEIOS E CAÇADAS. COSTUMES RUDES E VIOLENTOS
Os romances ou filmes sobre a nobreza feudal costumam transmitir uma imagem distorcida da vida da época. Antes do século XI, os castelos feudais, em sua maioria, eram pouco confortáveis fortificações de madeira. Mesmo os enormes castelos de pedra de época posterior, eram escuros e frios. Forravam os pisos com esteiras de junco ou palha. Só após o restabelecimento do comércio com o Oriente, no século XII, é que se tornou comum o uso de tapetes e estofados.
A alimentação dos nobres e seus familiares era farta, mas pouco variada. Seus pratos se resumiam em carne, peixe, queijo, couve, nabos, cenouras, cebola, feijão e ervilha. Para sobremesa, tinham em abundância maçãs e pêras. O açúcar só chegou à mesa da nobreza após o século XIV, mesmo assim a preços elevadíssimos.
Os nobres não trabalhavam, sendo esta uma condição de sua situação social. Os costumes da época impunham-lhes uma vida ativa em outros aspectos: guerras, torneios e caçadas. Qualquer pretexto era suficiente para a tentativa de conquista de feudos vizinhos. O gosto pela violência convulsionava de tal forma a sociedade que a Igreja resolveu intervir no século XI, proclamando a Trégua de Deus. Proibiu lutas durante as sextas-feiras, sábados e domingos, durante quaisquer dias do Natal ao Dia de Reis e na maior parte da primavera, fim do verão e começo do outro. O nobre que violasse essa regra era excomungado.
Até o século XII, as maneiras da nobreza em nada assemelhavam ao que hoje se considera boa educação. Nas refeições, partiam alguns alimentos com um punhal e comiam com as mãos. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Esses costumes só começaram a ser alterados com a difusão dos ideais de cavalaria (código social e moral do feudalismo), nos séculos XII e XIII.
A VIDA COTIDIANA DOS SERVOS DE GLEBA: A PRODUÇÃO NO CAMPO, A IGNORÂNCIA E A SUPERSTIÇÃO
Os servos habitavam choupanas de varas traçadas, com cobertura de barro. Como o piso não possuía qualquer revestimento, constantemente absorvia a umidade das chuvas. Suas camas eram algumas tábuas recobertas de palhas. Toscos bancos completavam a mobília. Alimentavam-se de pão preto, verduras de sua horta, queijo, sopa e, às vezes, carne e peixe, normalmente meio apodrecidos. Não eram raras as mortes por fome. Invariavelmente analfabetos, apegavam-se às mais diversas superstições. Por vezes, suas colheitas eram arrasas pelas patas dos cavalos da nobreza empenhada em caçadas ou combates.
Minorando tanta miséria, possuíam alguns direitos. Não poderia ser privado de sua terra. Se o feudo fosse vendido, os servos conservavam o direito de ali permanecer, cultivando seu lote. Quando envelheciam, o senhor tinha obrigação de mantê-lo até o fim de seus dias. Seus períodos de folga eram maiores que o dos trabalhadores de hoje, atingindo quase um sexto do ano, sem contar os domingos. Finalmente, não tinham obrigações de prestar serviço militar ou empenhar-se em guerras decididas por seus senhores.
A VIDA DOS NOBRES: BATALHAS, TORNEIOS E CAÇADAS. COSTUMES RUDES E VIOLENTOS
Os romances ou filmes sobre a nobreza feudal costumam transmitir uma imagem distorcida da vida da época. Antes do século XI, os castelos feudais, em sua maioria, eram pouco confortáveis fortificações de madeira. Mesmo os enormes castelos de pedra de época posterior, eram escuros e frios. Forravam os pisos com esteiras de junco ou palha. Só após o restabelecimento do comércio com o Oriente, no século XII, é que se tornou comum o uso de tapetes e estofados.
A alimentação dos nobres e seus familiares era farta, mas pouco variada. Seus pratos se resumiam em carne, peixe, queijo, couve, nabos, cenouras, cebola, feijão e ervilha. Para sobremesa, tinham em abundância maçãs e pêras. O açúcar só chegou à mesa da nobreza após o século XIV, mesmo assim a preços elevadíssimos.
Os nobres não trabalhavam, sendo esta uma condição de sua situação social. Os costumes da época impunham-lhes uma vida ativa em outros aspectos: guerras, torneios e caçadas. Qualquer pretexto era suficiente para a tentativa de conquista de feudos vizinhos. O gosto pela violência convulsionava de tal forma a sociedade que a Igreja resolveu intervir no século XI, proclamando a Trégua de Deus. Proibiu lutas durante as sextas-feiras, sábados e domingos, durante quaisquer dias do Natal ao Dia de Reis e na maior parte da primavera, fim do verão e começo do outro. O nobre que violasse essa regra era excomungado.
Até o século XII, as maneiras da nobreza em nada assemelhavam ao que hoje se considera boa educação. Nas refeições, partiam alguns alimentos com um punhal e comiam com as mãos. As mulheres eram tratadas com desprezo e brutalidade. Esses costumes só começaram a ser alterados com a difusão dos ideais de cavalaria (código social e moral do feudalismo), nos séculos XII e XIII.
A VIDA COTIDIANA DOS SERVOS DE GLEBA: A PRODUÇÃO NO CAMPO, A IGNORÂNCIA E A SUPERSTIÇÃO
Os servos habitavam choupanas de varas traçadas, com cobertura de barro. Como o piso não possuía qualquer revestimento, constantemente absorvia a umidade das chuvas. Suas camas eram algumas tábuas recobertas de palhas. Toscos bancos completavam a mobília. Alimentavam-se de pão preto, verduras de sua horta, queijo, sopa e, às vezes, carne e peixe, normalmente meio apodrecidos. Não eram raras as mortes por fome. Invariavelmente analfabetos, apegavam-se às mais diversas superstições. Por vezes, suas colheitas eram arrasas pelas patas dos cavalos da nobreza empenhada em caçadas ou combates.
Minorando tanta miséria, possuíam alguns direitos. Não poderia ser privado de sua terra. Se o feudo fosse vendido, os servos conservavam o direito de ali permanecer, cultivando seu lote. Quando envelheciam, o senhor tinha obrigação de mantê-lo até o fim de seus dias. Seus períodos de folga eram maiores que o dos trabalhadores de hoje, atingindo quase um sexto do ano, sem contar os domingos. Finalmente, não tinham obrigações de prestar serviço militar ou empenhar-se em guerras decididas por seus senhores.
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