"As vozes e os insultos vinham de longe, A birra era antiga. Havia quinze anos, desde a Questão Religiosa, o Diário do Rio de Janeiro cobria Isabel de injúrias: fanatica, fraca, dona de ideias retrógradas, incompetente para governar. L. .] Se antes, na Semana llustrada, Isabel "era dotada de graça e inteligência naturais ', passou a" criatura histérica, fanática e pouco inteligente "nas páginas da Gazeta da Tarde".
3- Sucessão de D. Pedro Il foi uma das questoes importantes que conduzam a derrubada da monarquia e o inicio, da república no Brasil. Alem de ter a sua imagem abalada, o imperador tinha sua filha a princesa İsabel como sucessora, mas ela não agradava parte das elites brasileiras
A) De acordo com o texto acima, como era vista a princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro IIl, por parte das elites brasileiras no final do periodo monárquico?
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B) A possibilidade de D. Pedro ser substituido por uma mulher era algo que parte das elites brasileiras não queria. Conforme apresentado no texto, o fato de ser uma herdeira (princesa Isabel) e não um herdeiro contribuiu com essa visão negativa? Após pensar sobre essa questão, formar um ou dois paragrafos em seu caderno sobre o tema. Considere que era um tipo de sociedade em que a vida pública não era valorizada como algo que fizesse parte do esperado papel social da mulher.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A princesa Isabel era filha de Dom Pedro II, imperador do Brasil entre 1840 e 1889, e é uma figura extremamente conhecida de nossa história por ter assinado a lei que aboliu a escravatura do Brasil – a Lei Áurea. A princesa Isabel era herdeira do trono, mas nunca teve muito interesse com a política. De toda forma, acabou nunca assumindo, pois a Proclamação da República forçou seu exílio, em 1889.
Resumo
- Nasceu no Rio de Janeiro de 1846 e passou sua infância no Paço do São Cristóvão.
- Teve uma educação de alto nível, chegando a estudar até 15 horas por dia e estudando diversas disciplinas.
- Casou-se com o francês Conde d’Eu e teve quatro filhos com ele.
- Assumiu o Brasil em três ocasiões.
- Foi a responsável por assinar a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea.
- Foi expulsa do Brasil em 1889 e morreu no exílio em 1921 com 75 anos de idade.
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846. Era filha de Dom Pedro II, o imperador do Brasil, com sua esposa, Teresa Cristina. Foi a segunda filha do casal e foi nomeada herdeira, porque o filho mais velho do casal – Afonso Pedro – faleceu ainda criança.
O imperador e sua esposa ainda tiveram outra criança do sexo masculino – Pedro Afonso – mas ele também faleceu ainda criança. O falecimento dos dois filhos homens reforçou a posição de Isabel como herdeira e, por isso, ela foi nomeada herdeira presuntiva, título disponibilizado quando não há melhor opção para o trono.
Devido à sua importância para a monarquia brasileira, a princesa Isabel recebeu uma educação de alta qualidade. Chegou a estudar durante 15 horas na adolescência e estudava disciplinas diversas como economia, física, mineralogia, história e estudou diversos idiomas, tais como latim, alemão, italiano, francês e inglês.
Passou sua infância reclusa e cresceu no Paço do São Cristóvão, local que, anos mais tarde, foi transformado no Museu Nacional (destruído após um incêndio em 2018). O isolamento da princesa Isabel é destacado pelos historiadores, pois a princesa não frequentava os locais visitados pela corte e aristocracia do Rio de Janeiro.
Casamento
No final de 1863, o imperador começou a procurar um marido para a princesa Isabel e, dessa busca, saiu o casamento da princesa com um representante da nobreza francesa: Luís Filipe Maria Fernando Gastão, o Conde d’Eu. O casamento dos dois aconteceu em 1864, quando a princesa tinha 18 anos completos.
Os historiadores relatam que os registros feitos pela princesa e pelo conde, mostram um casal extremamente apaixonado e que possuía uma relação sólida. Do casamento da princesa Isabel e do Conde d’Eu nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio. O conde, por sua vez, não era a pessoa mais popular na corte brasileira, por ser estrangeiro e por ter problemas de comunicação ocasionados pela sua surdez e pelo seu mau português.
Anos depois, o conde foi enviado para a Guerra do Paraguai, como substituto de Duque de Caxias no comando das tropas imperiais. No Paraguai, o conde ficou conhecido por ter alforriado os escravos no país e por ter liderado a caçada que resultou na morte do ditador paraguaio, durante a Batalha de Cerro Corá.
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