As vias metabólicas poderão estar ativadas ou inativadas, de acordo com o estado alimentar do organismo. O jejum intermitente é uma modalidade de intervenção nutricional caracterizada pela diminuição da frequência alimentar que começou a ser estudada em indivíduos muçulmanos durante o período do Ramadã. Nesse caso, é obrigatória a permanência em jejum durante o dia e a alimentação pode ser feita apenas do pôr do sol ao amanhecer, por 30 dias consecutivos. Ao final do período, observou-se modificação do perfil metabólico. Atualmente, os estudos do jejum intermitente consistem na avaliação do efeito de períodos alternados de privação alimentar e realimentação ad libitum, ou seja, à vontade, de geralmente 12 a 24 horas (SANTOS et al., 2017). Descrição da imagem não disponívelEm relação a esse caso, responda às seguintes questões: a) No jejum intermitente aplicado por Joana, quais vias metabólicas estarão ativadas, considerando o metabolismo a partir da última refeição? Justifique e classifique as vias em anabólicas, catabólicas ou anfibólicas. b) Joana terá sucesso em perder peso com o jejum intermitente e a alimentação desequilibrada? c) Será que a modalidade pode ser aplicada a quaisquer indivíduos, como, por exemplo, pacientes diabéticos? Liste os pontos positivos e os pontos negativos do jejum intermitente.
Soluções para a tarefa
A) A via da glicogenólise, da gliconeogênese, da beta oxidação e também a desaminação dos aminoácidos, tudo isso levando a cetose e são todas catabólicas, exceto a da gliconeogênese, ela foca em produzir nova glicose a outros substratos, ela é anabólica.
B) Ela irá perder peso, mas irá passar fome, ficará desnutrida, perderá massa muscular e o seu metabolismo ficará muito mais lento.
C) Não, pessoas com diabetes, problemas de pressão arterial, cardiopatias e doenças hepáticas não podem fazer jejum.
Jejum e metabolismo
O jejum é bom quando feito controladamente e sem deixar de entregar os nutrientes que o corpo precisa para se manter.
Venha estudar mais sobre o jejum
https://brainly.com.br/tarefa/8788253
Resposta:
a) Assim que o indivíduo se alimenta, a insulina estimula a glicólise aeróbica (via catabólica que estimulará o ciclo de Krebs – via anfibólica), a cadeia de transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa. Além disso, estarão ativas, principalmente, as vias anabólicas: glicogênese e lipogênese; e desativadas as vias catabólicas: gliconeogênese, glicogenólise, lipólise e cetogênese. Com o passar do tempo, a energia gerada pela glicólise irá se esgotar, os níveis de insulina diminuirão e o estado passará a ser de jejum, em que os níveis de glucagon aumentarão, indicando a necessidade de ativação da glicogenólise, seguida pela gliconeogênese, pela degradação de proteínas/aminoácidos e, por último, pela lipólise. Todas essas etapas catabólicas são atingidas com o jejum intermitente.
b) Joana poderá vir a perder peso inicialmente, mas provavelmente não terá sucesso em manter o peso desejado. Para que seja bem-sucedida e que o indivíduo se mantenha saudável, essa prática exige reeducação alimentar e equilíbrio entre os conteúdos ingeridos de carbo-hidratos, lipídeos e proteínas.
c) Pontos positivos: desempenha proteção contra os danos cardiovasculares e ajuda no controle do peso corporal, por diminuir o percentual de gordura, já que a fonte de energia no jejum prolongado é a gordura (após se esgotarem as fontes de carbo-hidratos e proteínas); favorece o controle de fatores que predispõem para a síndrome metabólica; proporciona aparente melhora dos níveis de colesterol, de inflamações crônicas, de doenças autoimunes e de diabetes tipo II.
Pontos negativos: não pode ser realizado por qualquer indivíduo, como, por exemplo, crianças, gestantes, diabéticos que não produzem insulina (principalmente tipo I). Também não é indicado para qualquer indivíduo que tenha predisposição à hipoglicemia, como nos casos de insuficiência hepática, insuficiência renal e anorexia nervosa.
Em casos de indivíduos que, posteriormente ao jejum, se alimentam apenas de proteínas e gorduras, pode haver aumento do nível de radicais livres no organismo e promoção do desenvolvimento de doenças associadas a eles (doenças neurodegenerativas, câncer, etc.). Além disso, nem todas as pessoas conseguem ficar tantas horas sem comer.
Explicação: